Ciência
27/06/2013 às 10:41•1 min de leitura
Um grupo de cientistas dinamarqueses da Universidade de Copenhague descobriu o genoma de um tipo de cavalo a partir de um pequeno fóssil encontrado há alguns anos no Canadá. Com a ajuda de programas de computadores supermodernos, eles conseguiram criar uma maneira de calcular a data do osso encontrado e realizar o mapeamento genético do material.
Foi descoberto, então, que o fóssil tem 700 mil anos de idade – o material genético mais antigo mapeado até agora. Antigamente, o genoma mais velho descoberto era o de um urso polar de 110 mil anos.
Novas técnicas foram criadas para auxiliar o trabalho dos cientistas a desvendar cada estrutura microscópica do material superantigo, sendo que alguns códigos chegam a ter uma sequência de até 25 letras. Isso sem contar na dificuldade enfrentada quando o assunto foi separar o que era, de verdade, DNA e o que eram micro-organismos externos. O coordenador do estudo, Ludovic Orlando, explicou que, para cada 200 moléculas sequenciadas, apenas uma era do cavalo.
Fonte da imagem: Reprodução/RTE
Todo esse cuidado resultou na descoberta precisa, que foi oficialmente publicada na portal Nature. Com base no genoma decodificado e na comparação entre cavalos selvagens, burros e zebras, foi possível constatar que os ancestrais desses animais viveram em nosso planeta há 4,5 milhões de anos, antes ainda da última era glacial, duas vezes mais antigos do que se supunha.
Se você é do tipo de pessoa que sempre pergunta o que é que isso vai mudar na sua vida ou na humanidade, saiba que essas descobertas são muito relevantes para a Ciência. Se esses pesquisadores conseguiram mapear o genoma de um cavalo que viveu há tanto tempo, talvez possam fazer o mesmo com fósseis humanos, por exemplo. À medida que esse tipo de pesquisa é realizado, novos e mais modernos meios de estudo são desenvolvidos para que se possa compreender melhor a evolução dos animais.