Ciência
26/06/2017 às 03:11•3 min de leitura
Ainda que a maioria dos soldados de guerra aceite participar das mais diversas missões com muito orgulho e com muita honra, não se pode negar que lutar em uma guerra é algo extremamente perigoso e que pode colocar em risco a vida de cada soldado, assim como sua saúde física e mental.
Os fotógrafos David Jay e James Nachtwey resolveram mostrar as sequelas de alguns veteranos de guerra, todos norte-americanos, que retornaram para suas casas depois de anos, às vezes até mais de uma década, lutando no Iraque e no Afeganistão.
São pessoas que têm em suas formas físicas as lembranças dos anos de combate: de cicatrizes a membros perdidos, esses soldados nos mostram que às vezes as guerras não acabam. “Eu tenho sido uma testemunha, e essas fotos são o meu depoimento. Os eventos que eu tenho gravado não deveriam ser esquecidos nem repetidos”, disse Nachtwey, em declaração publicada no Bored Panda.
As fotos do fotógrafo fazem parte de um projeto chamado “Soldado Desconhecido”, que foi finalista na categoria Retrato o Magnum Photography Awards 2016.
Para Jay, essas fotos são “uma oportunidade de abrir um diálogo sobre questões com as quais não estamos necessariamente confortáveis e também sobre questões pelas quais somos responsáveis. As imagens podem ser desconfortáveis para o observador. Elas nos forçam a confrontar nossos medos e inibições sobre vida, morte, sexualidade, doenças, relacionamentos etc. A realidade nem sempre é bonita. Isto é realidade”, comentou. Confira as fotos a seguir e depois nos diga o que achou do projeto:
Bobby foi o único sobrevivente de um ataque de bomba no Iraque.
Ele dirigia um tanque no Iraque quando uma bomba foi jogada para o interior do veículo.
Vítima de armas de fogo, ele teve 60% do seu corpo queimado. Na foto, segura a filha Layla.
Uma explosão em 2012, no Afeganistão, arrancou as duas pernas e uma parte da mão de Jason.
O carro de Marisa foi atingido por um explosivo e ela perdeu as duas pernas.
O Primeiro Tenente Nicholas foi vítima de um explosivo quando lutava no Afeganistão, em 2011.
O Major Matt foi atingido por armas de fogo por soldados do exército afegão. Um dos projéteis atingiu sua artéria femoral, resultando na amputação de sua perna.
O Sargento Allan Armstrong foi para o Iraque e para o Afeganistão quatro vezes. Depois de terminar um treinamento, foi atingido por uma motocicleta, causando a amputação de sua perna.
Ele perdeu as duas pernas em um ataque explosivo no Afeganistão. Hoje, além de participar de provas olímpicas, King é também palestrante.
Ele se alistou dois dias depois do atentado terrorista de 11 de setembro e, cinco dias depois, foi enviado ao Iraque. Lá, foi baleado na coluna enquanto dirigia, e acabou perdendo todos os movimentos do corpo. Tomas Young morreu em 2014, cerca de um ano e meio depois de ter posado para a foto acima.
Shilo Harris foi vítima de um ataque de bomba que matou quase todos os seus companheiros em 2007.
Ramos perdeu seu braço em um ataque no Iraque. Hoje, ele é paratleta e diz que corre para relaxar.
Joel foi severamente atingido, teve grande parte do corpo queimado, ficou cego, perdeu uma perna e passou por mais de 90 cirurgias.
O Cabo David Bixler perdeu as duas pernas quando servia no Afeganistão.
Durante uma missão no Afeganistão, em 2011, Christian Brown pisou em um dispositivo explosivo e acabou perdendo as duas pernas.
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