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27/09/2018 às 04:00•4 min de leitura
Ao longo da História, existiram soldados superdestemidos que — merecidamente — ficaram famosos por suas demonstrações de bravura e honra. Nós aqui do Mega Curioso já falamos a respeito de alguns deles em matérias que você pode acessar através deste link e deste também, e hoje decidimos reunir outro pequeno pelotão de respeito para você conhecer. Confira:
Viu o rapaz de bigode da imagem acima? Seu nome é Yogendra Singh Yadav, e olhe bem para ele, pois você não acreditar no que esse indiano aprontou! Ele era integrante de um regimento de infantaria do Exército Indiano chamado “The Grenadiers” — ou “Granadeiros” em tradução livre —, e em 1999, durante um conflito entre a Índia e o Paquistão, o grupo recebeu a missão de escalar uma montanhazinha (de 5,3 mil metros) para capturar três bunkers inimigos.
Acontece que a montanha, conhecida como Tiger Hill, estava coberta de neve e gelo no cume, mas isso não intimidou o valente Yogendra — que se voluntariou para subir primeiro e fixar as cordas para que os demais soldados pudessem escalar em segurança. O problema é que os inimigos estavam de tocaia em uma montanha adjacente e, obviamente, abriram fogo contra os indianos.
Metade do esquadrão indiano morreu no ataque, incluindo o comandante, e a outra metade fugiu como podia. O próprio Yogendra foi atingido três vezes — mas sabe o que ele fez? Continuou escalando e chegou até os bunkers, onde foi recebido com rajadas de metralhadoras. E em vez de se proteger, o indiano correu em direção aos disparos, agarrou uma de suas granadas e a lançou diretamente contra o abrigo, matando todos os que estavam dentro.
Yogendra então voltou sua atenção ao segundo bunker, que a essa altura também havia aberto fogo contra ele, correu em sua direção e matou os quatro paquistaneses armados que estavam lá com as próprias mãos. Foi então que os membros de seu pelotão que haviam sobrevivido conseguiram chegar ao topo da montanha e, boquiabertos com a coragem do companheiro, o ajudaram a tomar o terceiro bunker.
Alvin York, o cara que você acabou de ver na foto acima, foi um norte-americano pacifista que inclusive tentou escapar de ser enviado pelo Exército dos EUA para a Primeira Guerra Mundial. No entanto, como sua estratégia não deu certo, ele decidiu entrar no clima e fazer sua parte no conflito. Assim, um belo dia, Alvin e outros 16 soldados foram enviados para invadir um acampamento inimigo guardado por metralhadoras próximo a uma ferrovia alemã.
Só que os alemães viram que os soldados estavam se aproximando e metralharam nove deles no ato. Os que não morreram no ataque fugiram correndo, abandonando Alvin para lidar sozinho com nada menos do que 32 homens empunhando armas pesadas e todos os demais que ocupavam o acampamento. O norte-americano, então, se jogou no chão e começou a atirar — e acertou a cabeça de 20 alemães.
Os inimigos que restavam tentaram se organizar, e cinco foram enviados para capturar Alvin pela lateral de onde ele se encontrava. Mas o norte-americano sacou sua pistola e matou todos eles também. Os alemães perceberam que o “pacifista” estava disposto a acabar com a vida de qualquer um que se apresentasse em seu caminho e se renderam espantados.
No fim das contas, Alvin desmantelou uma guarda empunhando 32 metralhadoras, matou 28 soldados inimigos e rendeu outros 132. E, por essa incrível façanha, o norte-americano foi o militar dos EUA mais bem condecorado durante a Primeira Guerra Mundial.
Hans-Ulrich Rudel foi um piloto alemão que iniciou sua carreira em 1939 e atuou até o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Nesse período, Rudel completou nada menos do que 2.530 missões de combate — 400 delas a bordo de um Fw 190D-9, e as demais voando com seu Ju-87 — e destruiu cerca de 150 peças de artilharia, 519 tanques e aproximadamente 1 mil veículos inimigos.
O alemão ainda incluiu no currículo que foi o responsável por afundar um destroyer, dois cruzadores e o encouraçado Marat dos russos, além de danificar seriamente um segundo desses navios de guerra. Para você ter uma ideia, segundo as estimativas, Rudel percorreu mais de 600 mil quilômetros voando — e usou mais de 5 milhões de litros de combustível durante suas missões.
Ademais, o piloto disparou mais de 1 milhão de projéteis de metralhadora, fez mais de 150 mil disparos de 20 mm e mais de 5 mil de 37 mm, sem falar que ele liberou mais de 1 milhão de quilos em bombas. Incrivelmente, Rudel foi abatido cerca de 30 vezes e continuou tocando o terror nos céus até o fim da Segunda Guerra Mundial — quando foi encontrado pilotando com uma perna amputada e a outra engessada.
Baixinho e magricela, Audie Murphy se alistou no Exército dos EUA em 1942, e, devido ao seu porte bem pouco atlético, seus superiores chegaram a cogitar que ele atuasse como cozinheiro do pelotão. Ledo engano... Durante a Segunda Guerra Mundial, Audie começou a se destacar após a invasão à Itália, quando ele foi promovido a cabo por conta de suas habilidades de tiro.
Mais tarde, quando foi enviado à França, ele e seu melhor amigo tropeçaram com uma trincheira repleta de alemães armados com metralhadoras — que atingiram seu companheiro. Enfurecido, o pequeno Audie matou todos os inimigos e usou suas armas para atacar outras duas trincheiras alemãs, vários snipers e qualquer um que aparecesse em seu caminho.
Depois disso, Audie virou comandante e, então, foi enviado com seu pelotão para defender uma região problemática da França. Na ocasião, apenas 19 dos 128 soldados do grupo continuavam vivos quando eles chegaram ao seu destino, e eles contavam apenas com o apoio de dois tanques M-10 Destroyer quando os alemães apareceram com centenas de homens e meia dúzia de tanques.
O soldadinho e seu pelotão se esconderam em uma trincheira, e os M-10 partiram para o ataque, mas um foi completamente destruído e o outro, seriamente avariado. Audie, então, assumiu o controle do tanque que restava — que estava em chamas — e se posicionou atrás da metralhadora, mandando bala para todos os lados até ficar sem munição, uma hora mais tarde.
Audie foi o militar norte-americano mais condecorado da Segunda Guerra Mundial, recebendo mais de 20 medalhas por sua bravura, incluindo honrarias concedidas pela França e pela Bélgica. Além disso, após voltar aos EUA, ele iniciou uma carreira de sucesso no cinema e na televisão — e anos depois ainda serviu de inspiração para a criação de um personagem pra lá de belicoso: o Rambo!
*Publicado em 22/2/2016