Ciência
02/06/2014 às 13:33•4 min de leitura
Dizem que o dinheiro não é tudo na vida, mas com certeza deixa o dia-a-dia dos ricos bem mais divertido do que o dos reles mortais. Que o digam os grandes ricaços da História, que passaram dos limites na extravagância com atitudes que chegaram até a serem ridículas ou mesmo bizarras. Confira alguns casos logo abaixo.
Como você provavelmente já sabe, o imperador romano Calígula gostava de festas regadas e muita bebida e muito sexo pervertido, mas o que é menos conhecido é que ele tinha um fetiche pelo ouro que beirava o absurdo. Ele gostava tanto do metal precioso, que fez com que os seus servos juntassem o máximo desse material de sua propriedade em um local em que ele pudesse rolar ou mesmo nadar sobre ele.
Ele dizia que gostava da sensação do ouro em sua pele. Calígula também teria alimentado seu cavalo favorito com aveia misturada com ouro. Além disso, ele fazia questão de servir seus amigos com pães feitos de ouro maciço apenas para mostrar o quão rico ele era.
Quando ele não estava rolando em ouro, Calígula às vezes jogava o material dourado no chão só para que pudesse caminhar sobre ele. Obviamente, ele também utilizava muito ouro sem restrição em suas vestes e adornos.
Henry Cyril Paget, também conhecido como o quinto Marquês de Anglesey, era uma figura lendária na Inglaterra no final do século 19 e início do século 20, que era conhecido em todo o país por seus hábitos de consumo insanos e fixação por roupas.
Em sua vida, Paget gastou toda a fortuna de sua família, sendo que a maioria do dinheiro foi investida em roupas. Paget era famoso por usar trajes incrustados de pedras preciosas que ele utilizava uma vez e depois nunca mais tocava novamente.
Entre as maiores extravagâncias de Paget, uma das mais famosas foi quando ele foi forçado a vender seus pertences quando se viu falido. Nessa época, encontraram 100 roupões de seda em seu guarda-roupa. Outra extravagância conhecida dele foi quando ele pediu que toda a sua frota de veículos particulares fosse modificada nos motores para pulverizar perfume pelos escapamentos em vez de fumaça. Por uma poluição mais cheirosa.
James Gordon Bennett Jr. era um playboy do início do século 19 e filho do fundador do New York Herald. Nascido em berço de ouro, Gordon cresceu com toda a pompa e quando se tornou adulto a única coisa que gostava de fazer era gastar rios de dinheiro.
De acordo com fontes variadas da época, Bennett gastou cerca de 40 milhões de dólares em sua vida e na maioria das vezes fazendo pouco do dinheiro. Por exemplo, certa vez ele supostamente teria atirado um bolo de dinheiro no fogo só porque não cabia em seu bolso.
Quando uma pessoa que viu a cena tentou pegar as notas de volta, ele teria gritado, dizendo que o fogo era onde o dinheiro tinha que ficar. Em outra ocasião, Bennett comprou um restaurante inteiro só porque alguém estava sentado em sua cadeira de sua mesa favortia.
Mas a compra mais extravagante de Bennett talvez tenha sido a do seu iate, que ele mandou construir quando viu que a outra embarcação que ele tinha já não era tão ostentadora. Mas o que esse iate tinha de tão extravagante? Bem, ele tinha um quarto exclusivo para uma vaca! Dessa forma, Bennet teria todos os dias manteiga fresca preparada pelos empregados com o leite recém-tirado da sua vaquinha.
Como se isso não fosse bizarro o suficiente, para garantir que a vaca estivesse sempre feliz, ele mandava ter um ventilador que soprasse uma brisa suave sobre a vaca nos verões e os melhores de todos os cobertores de lã para aquecê-la nos invernos. Tratamento vip para manteiga de qualidade.
Maria Antonieta levava uma vida que foi marcada pela polêmica, mas também pelo luxo e opulência. Por exemplo, ela descartava seus belos vestidos feitos sob medida depois de apenas um único uso, o que provavelmente explica por que ela mandava fazer cerca de 300 deles por ano.
No entanto, outro ponto que chamava muita atenção no quesito extravagância era como ela arrumava e denominava o seu cabelo. Certa vez, ela cobriu todo o seu penteado com farinha em uma época em que o produto estava em escassez para o povo. Em outra ocasião, ela teria aparecido em uma festa com um barco em miniatura na sua cabeça. Extremamente “discreta”.
Durante seu tempo como o líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong Il aproveitou de sua posição de poder absoluto e a utilizava para saciar todos os seus caprichos. Enquanto seu povo passava fome e morria aos montes, o Líder Supremo comprava milhares de garrafas de conhaque para preencher sua adega privada.
De acordo com um chef japonês que preparava sushi para Kim Jong Il, cada grão de arroz era inspecionado manualmente antes de ser cozido e servido nas receitas. Grãos "defeituosos" de arroz eram jogados fora.
Porém, talvez o melhor exemplo de extravagância de Kim Jong II tenha vindo de um depoimento de um espião russo, Konstantin Pulikovsky, que relatou que, enquanto ele viajava com o líder em seu trem privado, ele tinha lagostas vivas sendo levadas de helicóptero para o vagão todos os dias para serem preparadas frescas. Para comê-las, ele usava pauzinhos de prata.
Como uma das mulheres mais poderosas de toda a história, Cleópatra tinha toda a riqueza do Egito para aproveitar. Para alguns historiadores, ela é considerada como uma das pessoas mais ricas em toda a história com um patrimônio pessoal estimado em 95 bilhões de dólares.
Embora o número exato provavelmente nunca seja de fato conhecido, basta dizer que Cleópatra tinha dinheiro suficiente para viver uma vida muito boa. Um dos tesouros mais curiosos que Cleópatra supostamente tinha era o maior conjunto de pérolas da Terra. Dizemos "supostamente" porque elas já não existem mais, pois, aparentemente, Cleópatra teria bebido todas essas pérolas. É isso mesmo!
Conforme foi explicado por Plínio, o Velho, em seu livro História Natural, Cleópatra colocou uma das maiores pérolas já vistas pela humanidade em um copo de vinagre puramente para que ela pudesse se dissolver e ficar “tomável”. Dessa forma, ela poderia beber a pérola após uma aposta.
A rainha supostamente criou o coquetel caro quando seu amante Marco Antônio apostou que ela não poderia gastar uma "pequena fortuna" em uma única refeição. Em resposta, Cleópatra teria removido um dos seus próprios brincos e fez o shot de pérola com vinagre.
De acordo com Lucius Munatius Plancus, o homem que supervisionou a aposta, a pérola valia o equivalente a 800 quilos de ouro e foi apenas por sua intervenção que o outro brinco de Cleópatra sobreviveu. Se esse cara não tivesse impedido, Cleópatra teria ingerido o equivalente a cerca de 1600 quilos de ouro, tudo por uma aposta boba.
Acreditava-se há anos que a história era um mito, mas um pesquisador mostrou que o vinagre conseguiria de fato dissolver uma pérola em cerca de 10 minutos, se ela fosse esmagada antes.