Estilo de vida
05/08/2014 às 07:39•4 min de leitura
De cavaleiros medievais, ninjas e samurais, todo mundo já ouviu inúmeras fábulas incríveis envolvendo guerreiros notáveis. No entanto, ao longo da História, embora sejam menos populares do que os mencionados anteriormente, muitos outros combatentes foram imortalizados devido à sua bravura e incrível habilidade nas artes da guerra.
O pessoal do site ListVerse publicou um artigo revelando interessantes detalhes sobre alguns guerreiros e suas tropas, e nós aqui do Mega Curioso selecionamos sete deles para você conferir:
Os peltastas eram membros da infantaria ligeira grega do século 5 e, normalmente, combatiam armados de dardos, estilingues, lanças e da pelta, um escudo leve que usavam para se proteger. Esses soldados não vestiam armaduras, o que lhes garantia grande mobilidade nos campos de batalha, e eram os responsáveis por iniciar as batalhas.
Depois de atacar os oponentes com seus estilingues e dardos, os peltastas retrocediam para dar espaço a pelotões melhor equipados. No entanto, sua atuação era cíclica, pois voltavam ao combate assim que as falanges abriam caminho. Originalmente, tratava-se de um exército de camponeses, já que os recrutas eram cidadãos comuns que se alistavam para lutar ou mercenários das tropas da Trácia.
Chamados dessa forma devido à armadura que usavam — a catafracta, coberta de escamas feitas de aço ou bronze —, os catafractários pertenciam à cavalaria pesada do Império Parta no século 3. Seus cavalos também eram equipados com a mesma armadura de escamas que os cavaleiros, e os soldados costumavam empunhar longas lanças de 4,5 metros de comprimento chamadas kontos.
Os catafractários também carregavam arcos compostos que usavam para atacar os inimigos quando fingiam bater em retirada — em uma tática de guerra que ficou conhecida como “disparo de Parta” —, disparando flechas por sobre seus ombros. Algumas vezes os cavaleiros contavam com o apoio de camelos que carregavam flechas sobressalentes, e os romanos ficaram tão impressionados com os catafractários que adotaram formações semelhantes em seus próprios exércitos.
Os jinetes — ou cavaleiros — pertenciam a uma classe de guerreiros comum na Espanha durante o século 14. Armados de espadas, lanças e dardos, embora fossem considerados soldados de cavalaria leve, os jinetes costumavam usar armaduras pesadas que consistiam de uma cota de malha, um bacinete (um capacete de ferro que cobria a cabeça, orelhas e os ombros) e uma couraça.
Além disso, as armaduras contavam com proteções para os joelhos e cotovelos, e os cavalos algumas vezes também usavam proteção. Os jinetes surgiram para combater os ataques da cavalaria mourisca durante a Reconquista, portanto, foram treinados para ficar à altura dos inimigos. Esses cavaleiros eram extremamente habilidosos e eram famosos pela forma como controlavam seus animais, entrando e saindo de alcance dos inimigos com grande rapidez.
Os mosqueteiros começaram a surgir pela China, Índia, Rússia, Império Otomano e pela Europa por volta do século 15, uma vez as armas de fogo foram introduzidas nas batalhas. A primeira guarda de mosqueteiros franceses — provavelmente os mais famosos — foi formada pelo Rei Luís XIII no ano de 1622, depois que o monarca promoveu uma companhia de cavalaria (os “carabins”) leve criada por seu pai, Henrique IV, armando-a com mosquetes.
A unidade dos Mosqueteiros da Guarda era formada por guerreiros de elite — principalmente nobres e os melhores soldados de infantaria — muito habilidosos com as armas de fogo. Os integrantes também carregavam consigo rapieiras (um tipo de espada fina e longa) e outra arma branca chamada main gauche, que consistia em uma adaga mais curta para ser usada em conjunto com a espada.
Os mosqueteiros eram mortais em batalhas em solo ou a cavalo e, além de participar de guerras, também era sua responsabilidade defender o rei e sua família. Quem introduziu o tabardo vermelho foi o Cardeal Richelieu — o mesmo do livro “Os Três Mosqueteiros” de Alexandre Dumas —, embora as cores azul e preta também fossem usadas. Os uniformes também traziam uma flor-de-lis e uma cruz, e eram complementados por luvas de couro, botas e o estiloso chapéu de cavalier.
Provenientes da Nova Zelândia, esses guerreiros traziam várias tatuagens pelo rosto e corpo e lutavam equipados com diversas armas, como o waihaka, uma espécie de porrete de madeira com uma endentação na extremidade para desarmar os inimigos, o toki pou tangata, um tipo de machadinha com cabo de madeira e lâmina de pedra, e o patu, uma clava curta feita de osso, pedra ou madeira.
Os exércitos eram formados tanto por homens como mulheres, e os integrantes eram mestres em realizar ações furtivas e empregar táticas de guerrilha. Os guerreiros eram treinados em artes marciais e usavam diversos tipos de dança, das quais o haka — cuja demonstração você pode ver no vídeo acima — é a mais famosa. Ela servia para induzir efeitos psicológicos, tendo como objetivo intimidar os inimigos.
O período anterior à guerra era marcado por muitos rituais, e os maoris lutavam até a morte para garantir que não restaria ninguém para buscar vingança. Você deve ter notado no vídeo que os guerreiros mostram a língua com frequência durante o haka. Essa ação era um enorme insulto, e transmitia o alerta de que os maoris primeiro matariam os inimigos e, depois, devorariam sua carne, o que acontecia com frequência.
Formado pelo Sultão Murad I Bey em 1380, o exército dos janízaros se tornou o mais temido do Império Otomano na época. As tropas eram formadas por meninos cristãos capturados durante as guerras, levados como escravos e convertidos ao islamismo. Os melhores eram selecionados e treinados por um período de até 10 anos e, ao final, acabavam se transformando em verdadeiras máquinas de matar.
Os soldados eram habilidosos arqueiros e, por volta do século 15, começaram a ir para as batalhas armados com mosquetes. Os janízaros eram muito bem pagos e recebiam seus respeitáveis salários tanto em tempos de guerras como de paz, e eram conhecidos por sua lealdade inabalável. Além disso, os integrantes eram reconhecidos por seus curiosos “penteados” — eles raspavam as cabeças deixando um tufo de cabelo no topo e um rabo de cavalo — e fartos bigodes, assim como pelo uniforme, que consistia em cáftans e chapelões.
Atualmente, os kanuris vivem no Estado de Borno, localizado no nordeste da Nigéria. No entanto, no século 19, seus surpreendentes guerreiros — que mais pareciam saídos de alguma tropa da Idade Média — haviam ajudado o seu povo a conquistar um território que ia do leste do Rio Níger, incluindo partes do sul da Líbia, norte do Camarões, grande parte do Chad e a área ocupada atualmente pelos kanuris.
Os soldados e seus cavalos lutavam equipados com armaduras extremamente resistentes feitas de algodão acolchoado, lanças e espadas. Alguns guerreiros também contavam com capacetes feitos de latão enfeitados com penas de avestruz e, às vezes, usavam cotas de malha, tudo ricamente decorado com uma variedade de padrões e figuras que simbolizavam os diferentes clãs. Além disso, um grupo de trompetistas liderava as tropas para as batalhas.