Artes/cultura
31/10/2014 às 14:42•1 min de leitura
Cientistas do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequim encontraram, em 2013, vários dentes e ossos do rosto de uma criança no sítio pré-histórico da região chinesa de Xujiayao. Segundo estudos publicados pela American Journal of Physical Antropology, as arcadas podem pertencer a uma espécie humana desconhecida e ainda não catalogada pela ciência.
O achado foi relacionado com os recém-descobertos denisovanos, uma espécie de hominídeo cujo DNA foi recentemente encontrado na Sibéria, sobre a qual ainda se conhece muito pouco.
Os pesquisadores concluíram também que os dentes aparentam ter uma idade entre 60 mil e 120 mil anos, portanto, essa nova espécie teria coexistido com os Homo sapiens e Neandertais, além de serem descendentes do Homo erectus. O grupo batizou o achado como homem de Xiujiayao.
O que intriga os descobridores é o fato de que, durante uma parte do período Pleistoceno, os Neandertais ocupavam a Europa e a Ásia ocidental, enquanto o homem moderno — mais conhecido como Homo sapiens — se encontrava na África. No entanto segundo uma das autoras do estudo, María Martinón-Torres, nos ossos encontrados não há correspondência nem com um humano moderno, nem com um Neandertal e nem com o Homo erectus clássico.
Porém, os cientistas ainda estão sendo cautelosos quanto a afirmar se realmente é uma espécie nova. Os autores os definem como pertencentes a uma “classificação taxonômica incerta”.