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03/12/2014 às 13:19•3 min de leitura
O mundo já passou por grandes tragédias, desde guerras arrasadoras até tsunamis, tufões e outros desastres destruidores.
Durante esses eventos, além da morte de milhares de pessoas, muitas construções se perderam, porém, algumas conseguiram resistir bravamente, sobrevivendo às mais difíceis condições climáticas e da ação do homem. Confira abaixo algumas delas, de acordo com um artigo de Grace Murano do Oddee:
O Portão de Brandemburgo, que fica em Berlim, é um dos marcos mais importantes e reconhecidos da capital alemã. O monumento Foi encomendado pelo rei Frederico Guilherme II da Prússia como um sinal de paz, sendo projetado por Carl Gotthard Langhans e construído entre 1788 e 1791.
A bela construção ganhou ainda mais visibilidade como um triste símbolo da divisão entre os setores leste e oeste, soviético e britânico (respectivamente), durante a Segunda Guerra Mundial. Ela foi o único marco a sobreviver ao bombardeio dos aliados à capital alemã, em 1945, embora tenha sido bastante danificado com buracos de balas nas colunas e explosões próximas.
Na época, a quadriga (uma biga puxada por quatro cavalos) que fica no topo do monumento foi retirada pelas autoridades soviéticas e praticamente destruída. Depois, a grande peça foi restaurada. O Portão acabou tornando-se parte do Muro de Berlim, ficando completamente interrompido para o tráfego de pedestres e automóveis por quase 30 anos.
Após a reunificação pacífica da Alemanha e queda do muro, na noite de 9 para 10 de Novembro de 1989, a abertura do Portão de Brandemburgo foi repensada. Ele foi remodelado em 2000 e hoje é um dos monumentos mais visitados na Alemanha e na Europa.
Símbolo de uma época terrível de destruição, o Santuário de Sanno, localizado a cerca de 800 metros a sudeste de onde foi o hipocentro da bomba atômica de Nagasaki, é conhecido por seu torii (portal tradicional japonês ligado à tradição xintoísta) de pedra de uma perna só.
O monumento com apenas uma base foi um dos resultados da catastrófica explosão da bomba atômica em 9 de agosto de 1945. Uma coluna de apoio foi derrubada, mas a outra, de alguma forma, permaneceu de pé.
O bairro inteiro foi reduzido a escombros pela explosão da bomba atômica, mas este portão, embora localizado muito perto do hipocentro, milagrosamente conseguiu resistir à força devastadora, conservando a marca daquele terrível dia de 1945.
Três dias antes da ocorrência de Nagasaki, a bomba atômica de urânio foi lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima, causando danos irreparáveis e milhares de mortes em um cenário apocalíptico. Porém, a cúpula de um edifício resistiu aos efeitos devastadores da força da bomba radioativa.
O edifício, que foi projetado por um arquiteto tcheco em 1915, tinha sido originalmente utilizado como um setor de assuntos industriais da Prefeitura de Hiroshima. Como o prédio fica localizado a cerca de 160 metros do hipocentro da bomba, obviamente ele foi fortemente atingido e todas as pessoas que estavam lá dentro morreram.
No entanto, ele não foi destruído completamente, sobrando parte de sua estrutura e da cúpula que era feita de metal. O programado era que tudo fosse demolido com o resto das ruínas, mas os planos foram adiados, pois muitas pessoas gostariam de torná-lo um memorial do bombardeio e um símbolo da paz. Por fim, isso aconteceu e o edifício foi preservado dessa forma, tornando-se Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1996.
Além de ter sofrido com ataques de bombas atômicas, o Japão sofre de tempos em tempos com fortes terremotos devido à instabilidade sísmica de sua localização. O país já foi atingido por abalos de escala 7.0 ou até mais altos por cerca de 46 vezes desde que o Templo Horyu-Ji foi construído (no estilo “pagode”, que é um tipo de estrutura budista) em 607 depois de Cristo.
A construção de cinco andares, localizada em Sai-in, tem 32,45 metros de altura. É uma das mais antigas construções de madeira do mundo, e essa matéria-prima utilizada no pilar central pode ter sido cortada em 594, data estimada através de uma análise . Mas, então, como uma estrutura desse tamanho ficou de pé depois de tantos terremotos?
A tecnologia do pagode chegou ao Japão durante o século VI, junto com o Budismo da China. No continente, os pagodes eram tradicionalmente construídos de pedra. No entanto, devido à instabilidade do país, esse tipo de projeto era simplesmente insustentável.
Depois de anos de experimentação, os construtores japoneses descobriram como adaptar pagodes às condições instáveis, usando três alterações de design: o uso de beirais largos e pesados, pisos desconexos e o pilar central para absorção de choque, chamado de shinbashira. Com esse estilo estrutural, a construção se mantém de pé.
O dia 26 de dezembro de 2004 foi marcado por um evento catastrófico na região da Indonésia. Um terremoto devastador de 9.1 na escala Richter sacudiu o Oceano Índico ao largo da costa do Norte de Sumatra. O terremoto causou um tsunami terrível, que varreu várias praias ao redor do Oceano Índico.
Os efeitos do tsunami foram de uma magnitude gigantesca. Mais de 230 mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas e desabrigadas. Uma das cidades afetadas foi Lhoknga City, na costa oeste de Sumatra, perto da cidade capital de Aceh.
A cidade foi arrasada, porém uma estrutura permaneceu de pé com toda a sua imponência. Uma mesquita sobreviveu e manteve-se firme no meio da destruição. Muitos moradores acreditam que a intervenção divina salvou a mesquita Rahmatullah.