Ciência
28/03/2018 às 02:00•5 min de leitura
O desconhecido, o obscuro e o assustador são aspectos que sempre chamam atenção de muita gente. É por isso que as histórias de terror e assombração fazem tanto sucesso, seja em livros, em filmes ou simplesmente naquela roda de amigos em torno de uma fogueira durante um acampamento.
Aqui mesmo no Mega Curioso nós já publicamos alguns dos objetos mais demoníacos de todos os tempos, uma série de coisas que são consideradas assustadoramente malignas e contamos a história do boneco possuído que assombra os americanos há 100 anos, além da lenda do quadro do "menino chorando".
Desta vez, selecionamos mais alguns itens que supostamente são amaldiçoados, trazendo má sorte, tragédias e até a morte para seus donos. Preparado para sentir alguns calafrios?
A cidade de Newport, em Rhode Island, é uma das mais antigas dos EUA e é famosa por suas lendárias e imponentes mansões. Por ser uma localidade muito velha, bem como suas construções o são, o município é palco de diversas histórias de fantasmas. Talvez a mais tenebrosa seja a do Castelo Belcourt, fundado pelo político Oliver Hazard Perry Belmont em 1894.
Apesar de ter diversos objetos documentados como assombrados, os que mais se destacam são as duas cadeiras que teriam espíritos “aprisionados”. Os visitantes da luxuosa casa que se sentam nelas dizem sentir um imediato calafrio, enjoo e o efeito de eletricidade estática nas mãos. Há ainda quem relate a sensação de ter sentado no colo de alguém, e outros alegam ser empurrados para fora das cadeiras por uma força invisível.
“The Women from Lemb”, ou “As Mulheres de Lemb”, é uma estátua esculpida em calcário descoberta em 1878 em Lemb, no Chipre — embora ela teria sido confeccionada em 3500 a.C. Segundo os historiadores, representaria uma entidade considerada a deusa da fertilidade.
A estranha influência do artefato teria começado depois de ser adquirida por Lord Elphont. Em seis anos de posse da estátua, todos os sete membros da família tiveram mortes misteriosas. Os dois donos seguintes da obra de arte, Ivor Manucci e Lord Thompson-Noel, bem como seus familiares, também faleceram em um curto período de tempo após comprarem a escultura.
A lista de vítimas não acaba aí: o quarto comprador, Sir Alan Biverbrook, faleceu junto com sua esposa e duas de suas filhas. Assustados com as “coincidências”, os dois herdeiros sobreviventes dos Biverbrook resolveram doar a estátua para o Museu Real da Escócia, em Edimburgo, onde ela permanece até hoje.
Porém, logo após o item chegar ao museu, o chefe da seção na qual o artefato foi armazenado faleceu repentinamente. Apesar de nenhum curador ter admitido as propriedades supernaturais da escultura, ela foi colocada em um domo de vidro e há muitos anos ninguém a manipula. E foi por tudo isso que a obra foi apelidada de “A Deusa da Morte”.
Sean Robinson herdou de sua avó um quadro chamado "The Anguished Man" (“O homem angustiado”, em português), que ficou trancado no sótão da casa de sua família por aproximadamente 25 anos. Ele teria recebido a advertência de que a pintura guardava algo de maligno.
Segundo sua avó, o artista que pintou a tela teria usado seu próprio sangue misturado com a tinta e se matou pouco tempo depois de tê-la terminado. Além disso, ela teria alegado ouvir vozes ao olhar o quadro e ter visto uma sombra andando pela casa, por isso trancou a pintura no sótão.
Assim que Robinson guardou a pintura em sua casa, sua família começou a experimentar o mesmo tipo de fenômeno assustador. Seu filho caiu da escada, sua esposa sentiu algo acariciando seus cabelos e ele viu uma silhueta sombria e escutou choros. Então, o rapaz decidiu gravar os eventos macabros com uma câmera, que ficou apontada para o quadro em um quarto sem janelas por oito horas durante três noites seguidas.
O resultado é o vídeo acima, no qual é possível ver a porta se movendo sozinha e ouvir o barulho de um objeto caindo. Assustado, o homem moveu a pintura para o porão, mas não demonstra ter interesse em vendê-la.
Thomas Busby foi condenado ao enforcamento em 1702 por ter assassinado seu padrasto, Daniel Auty, com um martelo em Thirsk, na Inglaterra. Prestes a ter sua sentença executada, o criminoso fez um pedido: realizar sua última refeição no seu pub predileto. Ao terminar de comer, ele teria rogado uma praga dizendo: "Morte repentina a quem ousar sentar na minha cadeira".
O fato se tornou uma lenda rapidamente e os clientes acabavam usando a suposta maldição em brincadeiras nas quais se desafiavam a sentar no assento de Busby. Bem, a cadeira de carvalho permaneceu no bar durante séculos e a lista de óbitos é bastante extensa, segundo os relatos da população local.
Por exemplo, no final do século 19, um limpador de chaminés e um amigo zombavam do esconjuro e se sentaram repetidamente no banco. Na manhã seguinte, eles amanheceram mortos. No ano de 1967, dois pilotos da Força Aérea Real sentaram na cadeira e, ao deixarem o estabelecimento, bateram o carro em uma árvore e morreram.
Outro caso famoso ocorreu em 1970, quando um pedreiro contestou a maldição e sentou no assento com desdém. O rapaz faleceu naquela mesma tarde ao cair em um buraco na construção em que trabalhava. Por precaução, o dono do pub resolveu guardar a cadeira no porão. Porém, mesmo assim a praga de Busby fez mais uma vítima: um entregador resolveu descansar no banco entre o transporte de uma caixa e outra. A péssima decisão o levou a morte no mesmo dia em um acidente automobilístico.
Por fim, o proprietário do bar doou a cadeira da morte para o museu local em 1972, onde ela ainda está em exibição, mas pendurada a quase 2 metros de altura para evitar que mais alguém se sente e morra.
No ano de 1988, um vaso de prata datado do século 15 teria sido encontrado por um italiano em seu jardim enquanto fazia algumas escavações. Segundo a lenda sobre ele, o artefato trazia em seu interior uma mensagem dizendo: “Cuidado... Este vaso traz a morte".
A pessoa que o encontrou, pelo que parece, era pouco supersticiosa. Ela teria jogado o aviso fora e vendido a relíquia para uma casa de leilões. O primeiro comprador teria sido um farmacêutico, que faleceu três meses depois. O vaso então passou para as mãos de um cirurgião de 37 anos de idade, o qual morreu dois meses após adquirir o item.
Em seguida, o vaso teria sido comprado por um arqueólogo, que teve o mesmo fim que o dono anterior. O seguinte teve menos sorte e deixou este mundo apenas um mês depois de levar o vaso para casa. Com tantos fatos “irrefutáveis”, as histórias contadas por alguns jornais italianos sugerem que a polícia confiscou a relíquia e a enterrou selada em uma caixa de chumbo. O local do esconderijo é desconhecido.
James Dean nasceu na década de 30 e foi um ator norte-americano de carreira curta, mas meteórica. Estrela de longas-metragens como "East of Eden", "Rebel Without a Cause" e "Giant", o jovem era apaixonado por automobilismo e participava de corridas. Para uma de suas jornadas competitivas, o artista comprou um Porsche 550 Spyder, fabricado em 1955 e apelidado de "Little Bastard".
Contudo, a parceria dele com o veículo não durou muito. Uma semana depois de adquirir o automóvel, Dean o dirigia para correr em uma prova na cidade de Salinas, na Califórnia. O jovem de 24 anos se envolveu em um acidente com um Ford Custom Tudor, modelo de 1950 guiado por Donald Turnupseed, e morreu.
James Dean passeando com seu Porsche 550 Spyder
George Barris, consultor de carros para as produções de Hollywood, adquiriu o que sobrou do Porsche por cerca de US$ 2,5 mil. Mas em pouco tempo ele se arrependeu do negócio. Quando o veículo era descarregado em sua garagem, ele caiu sobre um dos mecânicos, quebrando suas duas pernas.
Receoso com o ocorrido e vendo que o automóvel não passava de um amontoado de ferro, Barris separou algumas peças para serem revendidas. Mal sabia ele que estava assim espalhando a morte. Em 1956, Troy Mc Henry, um médico de Beverly Hills, comprou o motor do antigo carro de James Dean. Na primeira vez que foi andar com o componente em seu automóvel, sofreu um acidente e faleceu.
William Eschrid adquiriu a caixa de câmbio do velho Porsche 550 Spyder e acabou batendo violentamente. O rapaz sobreviveu e contou que o carro que dirigia travou abruptamente e sem qualquer explicação. Além disso, um jovem que ficou com as rodas também foi parar no hospital devido a um acidente de carro.
As ferragens do Porsche 550 Spyder após o acidente que levou o ator a óbito em 1955
Já com o veículo praticamente desmontado e querendo se livrar de toda e qualquer maldição trazida pelo veículo de Dean, Barris ofereceu a carroceria para ser utilizada pelas autoridades locais em campanhas contra a imprudência no trânsito. A carcaça nem havia saído da garagem e já causava estragos. O local pegou fogo e somente o Porsche não foi danificado.
Durante uma exposição em Sacramento, a estrutura restante do 550 Spyder caiu de onde estava sendo exibida e feriu um adolescente. Mais tarde, o veículo estava sendo transportado para uma outra apresentação, dessa vez em Salinas, quando o caminhão saiu da estrada e bateu, levando o motorista a óbito.
Por fim, em 1958, Barris emprestou o automóvel para uma amostra de segurança veicular realizada em Miami. Porém, ele nunca chegou ao seu destino. Misteriosamente, o Porsche 550 Spyder de James Dean desapareceu de dentro do caminhão que o transportava e o seu paradeiro jamais foi descoberto.
*Publicado em 11/10/2014