Artes/cultura
27/07/2017 às 02:00•3 min de leitura
Ao longo da História, como você sabe, existiram inúmeros sádicos malucos que foram responsáveis pela morte de muita gente — e nós aqui do Mega Curioso já publicamos diversas matérias a respeito dessas personalidades para você conferir.
Há algum tempo, Janel Comeau, do portal Cracked, reuniu um time de personalidades sanguinárias que tocaram o terror no passado — então, decidimos selecionar 4 figuras de quem ainda não tínhamos falado para você conhecer. Veja a seguir:
O nome “Fálaris de Agrigento” pode não ser muito familiar para você. No entanto, ele ficou conhecido como um dos tiranos mais cruéis de todos os tempos. Esse cara se tornou ditador de Agrigento — na atual Sicília — no século 6 a.C., e a localidade floresceu sob o seu domínio. Entretanto, ao mesmo tempo que Fálaris era um líder competente, também era um sádico maluco.
Fálaris dizia ter devorado bebezinhos e, como se fosse pouco declarar que era canibal, ele curtia assar vivo quem não andasse na linha em Agrigento. Para isso, o ditador usava um touro de bronze que ele ganhou de presente de um artista grego chamado Perillos — que contava com uma portinhola na barriga pela qual os prisioneiros eram colocados. Depois, a escultura era colocada sobre o fogo, e as pobres vítimas iam sendo lentamente cozidas em seu interior.
Além disso, para deixar as execuções ainda mais interessantes, o touro contava com uma abertura na boca que tornava os gritos dos prisioneiros que serviam de “recheio” uma espécie de mugido macabro. Ah, um detalhe pitoresco: quando Fálaris ganhou a escultura, ele exigiu que Perillos fizesse uma demonstração de seu funcionamento — e assou o artista grego para garantir que a máquina de tortura funcionava direitinho.
Tibério, o malucão, foi imperador de Roma entre os anos 14 e 37 e era tio-avô de Calígula — que, conforme contamos em uma matéria do Mega Curioso que você pode acessar através deste link, também devia ter vários parafusos faltando. Pois Tibério inventou alguns métodos de tortura bem inovadores, e um de seus favoritos consistia em amarrar os pênis dos prisioneiros para impedi-los de urinar e obrigar os coitados a tomar enormes quantidades de vinho até que suas bexigas estourassem.
O imperador também ordenava que seus prisioneiros deixassem de ser alimentados, para que eles morressem lentamente de fome, e forçou o próprio neto — Nero César — a cometer suicídio. Tibério notou que o rapaz começou a ganhar popularidade em Roma e declarou que o jovem era inimigo do império. Depois, dizem que Nero foi exilado e que Tibério ordenou que um carrasco exibisse a ele uma forca e os ganchos que seriam utilizados para arrastar seu cadáver.
Outra característica de Tibério era a sua gentileza. Em uma ocasião, durante uma visita a vilarejos do interior, um pobre pescador ofereceu ao imperador uma enorme carpa que ele havia acabado de capturar. Tibério retribuiu ao presente com delicadeza, fazendo com que seus guardas esfregassem o peixe no rosto do homem até que sua pele ficasse em carne viva. Um fofo!
Goujian subiu ao trono de Yue, na China, no ano 496 a.C., após a morte de seu pai, mas seu domínio acabou sendo atacado a mando do governante vizinho e dominado pelos guerreiros de Wu. Então, Goujian foi levado como refém e permaneceu sob a custódia dos inimigos por um longo período, até convencê-los de que ele obedeceria a todas as suas ordens.
Os tolos do reino de Wu acreditaram na submissão de Goujian, permitindo que ele voltasse para casa — e isso foi uma tremenda besteira. Durante a década seguinte, Goujian se dedicou a alimentar todo o seu desejo de vingança, criando estratégias para derrotar os inimigos. Quando o momento certo chegou, ele se lançou à guerra, e uma das artimanhas que idealizou enquanto esperava para arrasar o povo de Wu era um tanto quanto assustadora.
Goujian reuniu todos os criminosos de seu reino e, enquanto seu exército aguardava pelo início de uma batalha importante, ordenou que esses homens fossem para a linha de frente, desembainhassem suas facas e cortassem as próprias gargantas diante dos olhos dos — atônitos — inimigos. E Goujian foi mandando leva após leva de suicidas para fazer um espetáculo sangrento para confundir os guerreiros de Wu e atacá-los pela retaguarda.
Inocêncio VIII atuou como Papa no século 15 e foi o responsável por proclamar a terrível “Bula contra os Bruxos” — que listava todos os delitos que qualificavam uma pessoa como herege e dava plenos poderes à turminha da Santa Inquisição para aprisionar, torturar, punir e queimar na fogueira os suspeitos de praticar feitiçaria. Como se fosse pouco, o médico pessoal de Inocêncio ainda tentou transformar o pontífice atormentado pela bruxaria em vampiro.
Ao final de sua vida, o Papa se encontrava muito doente e passava boa parte do tempo acamado e inconsciente. Então, um judeu chamado Abraham Meyre decidiu tentar realizar uma transfusão com o objetivo de salvar Inocêncio da morte. Só que, naquela época, os médicos não compreendiam como o procedimento funcionava — e Meyre fez o pontífice beber litros de sangue.
Existem rumores de que várias pessoas teriam sido assassinadas para que a quantidade de sangue necessária fosse obtida. Além disso, uma das histórias é de que o fluido teria sido “doado” por três meninos judeus com 10 anos de idade que não sobreviveram ao procedimento. A iniciativa não deu certo, evidentemente, já que beber sangue não é o mesmo do que tê-lo transfundido, e o Papa vampiro não sobreviveu. O médico que propôs o tratamento foi severamente punido pela tentativa fracassada.
*Publicado em 30/11/2015