5 livros infantis aterrorizantes que vão assustar até os adultos

24/02/2018 às 02:004 min de leitura

Não é nenhum segredo que alguns dos contos de fadas mais amados vêm de uma coleção bastante horrível de fábulas dos Irmãos Grimm. Enquanto muitos clássicos como Chapeuzinho Vermelho e Cinderela foram eventualmente atenuados para o público infantil, alguns autores se recusaram a desistir de sua abordagem assustadora. Aqui estão cinco livros infantis com histórias realmente aterrorizantes:

5. Struwwelpeter

Lançada em 1845, a coleção alemã de “contos de advertência” entrou para a história junto aos livros infantis mais temíveis. Além das histórias assustadoras, as ilustrações retratam atos violentos, como uma criança perdendo o dedo e outra pegando fogo.

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O livro descreve o que, supostamente, poderia acontecer a uma criança que se comporta mal:

“Então, ela foi queimada, com todas as suas roupas,
e braços e mãos e olhos e nariz
Até que ela não tinha mais nada a perder
Exceto os seus sapatinhos escarlate;
E nada mais, mas estes foram encontrados
Entre suas cinzas no chão.” 

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4. Coraline

Neil Gaiman é conhecido por suas fantasias obscuras, e “Coraline” está entre elas. A história maravilhosamente perturbadora começa de uma forma bastante inocente: uma jovem se muda para uma nova cidade e se sente sozinha, ignorada por seus pais e sem amigos. Um dia, a pequena Coraline descobre uma porta em sua casa que a transporta para um universo paralelo – que à primeira vista parece perfeito, mas logo ela descobre que nem tudo é como parece. 

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Durante as suas viagens ao “outro mundo”, as coisas que antes eram maravilhosas começam a se tornar assustadoras: sua outra mãe insiste que ela deve costurar botões no lugar de seus olhos, para que a jovem fique lá para sempre. Horrorizada, ela tenta escapar, mas sua falsa mãe, que na verdade é uma bruxa, já fez isso com várias outras crianças antes e consegue prendê-la. 

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As coisas não melhoram depois disso; envolvendo uma aranha gigante, uma mão cortada, crianças-fantasmas e uma viagem para um velho poço em uma floresta escura, a história ainda promete muitos momentos tensos.

Claro que o livro tem uma moral: cuidado com o que se deseja!

A obra é de 2002 e, em 2009, uma versão cinematográfica foi lançada.

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3. Bravo Mr. Buckingham

Esta obra conta a história de um homem viciado no perigo. Seu nome era “Buckingham” e ele gostava de colocar o pé próximo a uma serra elétrica para sentir “cócegas”, até o dia em que decepou o membro. Posteriormente, um peixe comeu o seu outro pé e ele ainda perdeu os seus braços violentamente ao ser atingido por um caminhão.

Buckingham “dá de ombros” cada vez que isso acontece, simplesmente dizendo: “Isso não doeu”. Talvez ele tenha insensibilidade à dor – ou talvez o livro diga que perder partes do corpo sem chorar faz de você alguém corajoso.

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Por fim, Buckingham é apenas uma cabeça vestindo um cocar tradicional norte-americano. Porém, ainda há um final feliz (ou não):

“E esse foi o último terrível acidente que o bravo Mr. Buckingham já teve. Depois disso, ele viveu feliz, feliz para sempre, e, sempre que estava com fome, sua querida neta o ajudava a comer um grande prato cheio de belos morangos vermelhos, porque morangos eram a coisa favorita do bravo Mr. Buckingham. E ele estava tão acostumado a dizer que as coisas não doíam que, assim que ele comeu o último morango, sorriu e disse ‘isso não doeu’”.   

 2. Histórias assustadoras para contar no escuro

Esqueça o terror dos livros “Goosebumps” – muitas crianças da década de 90 certamente se esconderam sob seus cobertores lendo essa coleção que encabeçou a lista de livros mais contestados da Associação de Bibliotecas da América ao longo dos últimos 20 anos.

As histórias assustadoras foram escritas por Alvin Schwartz e ilustradas por Stephen Gammell e envolvem muito do folclore e lendas urbanas. Mesmo que os contos sejam inquietantes, o que mais marcou os leitores foram os desenhos – esboços em preto e branco, com rostos sem olhos e pés desmembrados caindo de uma chaminé (significando que o resto do corpo ainda poderia estar preso lá). 

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Segundo Sandy Vanderburg, professor e pai, “se esses livros fossem filmes, eles seriam censurados por sua violência gráfica. Além disso, não há moral nos contos, uma vez que os bandidos sempre ganham”. Sandy também conta que em uma das histórias, “Apenas delicioso”, uma mulher vai até um necrotério e rouba o fígado de outra mulher para alimentar seu marido.

Um dos contos mais lembrados do livro, “Farol Alto”, tem inspiração em uma lenda urbana sobre uma menina que estava dirigindo sozinha na estrada durante a noite. Então ela percebe um carro atrás dela, piscando os faróis altos. Assustada, ela para o carro para saber o que está acontecendo, enquanto o motorista sai do veículo com uma arma e se aproxima. 

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Ele então vai até o banco traseiro do carro da mulher, onde um assassino está escondido. Eventualmente, o leitor entende que, cada vez que o assassino se levantou para matar a jovem, o motorista piscou os faróis para que ele se escondesse novamente. A lenda surgiu na década de 1960, quando era comum que os bandidos se escondessem no banco de trás do carro para fazerem o motorista de refém.  

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No 30º aniversário da série, os livros foram reeditados com ilustrações menos assustadoras – o que causou um alvoroço nos leitores que amavam os originais.

1. O Chamado do Monstro

Siobhan Dowd teve a ideia para este conto quando foi diagnosticada com uma doença terminal. No livro, ela conta a história de Conor, um garoto de 13 anos de idade que está tentando se acostumar com o diagnóstico de câncer de sua mãe. Ele tem pesadelos recorrentes em que é acordado por gritos. Uma noite, um monstro aparece em sua janela com alguns ramos na mão e faz um acordo com Conor: ele vai contar ao jovem três histórias se, no final, Conor compartilhar a sua própria história. 

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O monstro torna a aparecer todas as noites, exatamente à 00:07. No início, a narrativa parece inofensiva, mas, eventualmente, Conor passa a agir de modo estranho, quebrando objetos e entrando em brigas na escola. Tudo acontece enquanto ele está sob posse do monstro.

Depois que a criatura conta as suas histórias, é a vez de Conor: ele confessa o seu medo em relação à morte de sua mãe e sobre como ele tenta entrar em acordo com as suas emoções. O monstro explica que esse tem sido o seu propósito: confortá-lo. Uma vez que o garoto experimenta essa sensação, sua mãe morre. Exatamente à 00:07. 

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*Publicado em 29/2/2016

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