Ciência
25/09/2013 às 13:14•2 min de leitura
Um novo estudo divulgado no site Space revelou que a Lua pode ser um pouco mais nova do que os cientistas imaginavam. A teoria vigente sustenta que o astro se formou a partir da colisão de um planeta desconhecido com a Terra cerca de 4,56 bilhões de anos atrás. Porém, uma nova análise do solo lunar sugere que a formação do satélite – que teria se dado a partir dos escombros da colisão – data entre 4,4 e 4,45 bilhões de anos.
A descoberta, que indica que a Lua seria 100 milhões de anos mais jovem do que se pensava, pode levar os cientistas a repensar a relação entre a Terra e seu satélite natural. “Existe uma série de implicações importantes nessa formação atrasada da Lua que ainda não foram consideradas”, explica Richard Carlson, do Carnegie Institution for Science, em Washington, nos Estados Unidos.
Fonte da imagem: Reprodução/Phys
Os cientistas sabem que o sistema solar tem 4,568 bilhões de anos e eles também conseguem localizar precisamente o período de formação de corpos relativamente pequenos, como asteroides, por exemplo. Por outro lado, é mais difícil ter essa exatidão quando se trata de astros maiores.
“A Terra provavelmente levou mais tempo para alcançar seu tamanho total em comparação com um pequeno asteroide, como o Vesta, e cada etapa desse processo tende a apagar – ou pelo menos embaçar – a memória dos acontecimentos anteriores”, afirma o pesquisador.
Com o avanço das tecnologias e o aprimoramento das técnicas, os pesquisadores chegam a estimativas cada vez mais verossímeis. Eles acreditam que a Lua tenha abrigado um oceano formado por rochas derretidas em sua superfície logo após a colisão. Atualmente, a idade mais precisa calculada a partir de uma rocha lunar desse oceano indica 4,36 bilhões de anos.
Enquanto isso, os cientistas encontraram sinais em diferentes partes da Terra que apontam que um derretimento ocorreu por volta de 4,45 bilhões de ano atrás. Todas essas evidências nos levam a acreditar que a colisão que deu origem a Lua e recriou a Terra ocorreu cerca de 100 milhões de anos (ou mais) antes do que estimavam os pesquisadores.