Artes/cultura
27/04/2013 às 05:42•3 min de leitura
Não é de hoje que a humanidade se preocupa com os inimigos oriundos das galáxias; os meteoritos já causaram muitos problemas para pessoas ao redor do mundo inteiro. Diversos incidentes de quedas e impactos ficaram marcados na história por suas características distintas e até mesmo bizarras; alguns deles permanecem até hoje com algumas incógnitas.
Confira abaixo alguns meteoritos mais famosos e estranhos que a humanidade já teve que lidar.
Em 9 de outubro de 1992, uma bola de fogo cruzou os céus de diversas cidades ao redor dos Estados Unidos durante 40 segundos. Dezenas de pessoas gravaram imagens do meteorito, que acabou se estilhaçando em várias partes e acertando o capô de um carro em Peekskill, Nova Iorque. Estima-se que a rocha tinha cerca de 12 kg.
No dia 15 de setembro de 2007, aproximadamente às 11h da manhã, um bólido atingiu as proximidades da vila Carancas, perto da fronteira entre a Bolívia e o Peru. Além de atingir diversas residências do vilarejo com seus pequenos fragmentos, o rochedo espacial de aproximadamente 1 kg formou uma assustadora cratera de 13 metros de largura e 4,3 metros de profundidade. Do fundo da cavidade, uma água fétida e fervente começou a emergir.
Dezenas de moradores e pesquisadores que visitaram o local do impacto adoeceram logo em seguida, vítimas de gases nocivos emitidos pela cratera. Mais de 200 pessoas relataram ter sentido náuseas, fortes dores de cabeça e vômitos.
Após diversos testes e pesquisas na região, foi descoberto que o envenenamento provavelmente fora causado por arsênico, um elemento químico tóxico ao corpo humano e abundante no subterrâneo de Carancas.
Nós já falamos sobre o caso da azarada Ann Hodges aqui no MegaCurioso, mas é difícil deixar de citá-la em uma lista como esta. Em 30 de novembro de 1954, um meteoro cruzou os céus do Alabama (EUA) e um dos fragmentos atingiu a pobre mulher em sua própria residência, ricocheteando em seu rádio e acertando-a no quadril. Detalhe: Ann estava dormindo quando isso aconteceu.
O corpo celeste foi analisado por pesquisadores e ficou constatado que ele era feito de condrito H4, um tipo de rocha ferrosa. Embora Hodges tenha entrado para a história como a primeira pessoa a ser atingida por um meteorito, a moça morreu pouco tempo depois, vítima de insuficiência renal ocasionada por complicações do impacto em seu quadril.
Ann Hodge e seu telhado destruído pelo meteorito Fonte da imagem: Reprodução/Funeralwise
Os habitantes da região leste da Sibéria passaram por maus bocados em 1947. Aproximadamente 90 mil quilos de ferro puro caíram dos céus e atingiram sobretudo a montanha Sikhote-Alin, dando origem ao nome do evento. O meteorito mais famoso desse incidente entrou na atmosfera com uma velocidade de aproximadamente 14 km/s e deixou um rastro de fumaça residual durante várias horas após sua queda.
Um dos diversos meteoritos que cairam em Sikhote-Alin Fonte da imagem: Reprodução/Meteorites Australia
5) Meteorito de Chicora
Em junho de 1938 um bólido atingiu a região de Chicora, na Pensilvânia. Embora não se saiba muito sobre as caracteristicas do meteorito – poucas peças do corpo celeste foram encontradas –, acredita-se que sua forma original tinha pelo menos 450 toneladas. O mais curioso é que dezenas de relatos citam uma vaca inocente que teria sido atingida por um estilhaço do rochedo espacial; alguns deles, inclusive, apontam que o animal teria morrido instantaneamente.
"Pequeno" pedaço do meteorito de Chicora Fonte da imagem: Reprodução/LunarMeteoriteHunters
Sendo considerado um dos maiores impactos de corpos celestes já presenciados, o incidente de Tunguska (na Rússia) é também um dos mais misteriosos. Na manhã de 30 de janeiro de 1908, uma explosão mil vezes mais potente do que a bomba atômica lançada sobre Hiroshima devastou uma área de 2.150 quilômetros quadrados. A onda do choque derrubou ao menos 80 milhões de árvores e, de acordo com relatórios, atingiu algumas pessoas e fez com que elas “voassem” alguns metros.
Árvores derrubadas na explosão Fonte da imagem: Reprodução/The Phoenix
A teoria mais aceita sobre o evento é que ele tenha sido ocasionado pela colisão de um cometa ou meteoro com a atmosfera, a cerca de 5 ou 10 quilômetros acima da superfície da Terra. Contudo, como pouquíssimos resquícios de detritos minerais foram encontrados na região, nenhuma das hipóteses foi realmente comprovada.