Artes/cultura
18/05/2018 às 07:30•2 min de leitura
A Família Imperial Russa — composta pelo Czar Nicolau II, sua esposa, a Czarina Alexandra, e seus cinco filhos Olga, Tatiana, Maria, Anastásia e Alexei Romanov — foi assassinada em 17 de junho de 1918, em Yekaterinburgo, cidade situada nos Montes Urais, por revolucionários bolcheviques liderados pelo agente da polícia secreta soviética Yakov Mikhailovich Yourovski.
Família Imperial Russa (The Siberian Times)
Os Romanov se encontravam exilados na localidade russa, mas acabaram sendo aprisionados na Casa Ipatiev e executados a tiros — possivelmente por ordem de Vladimir Lenin e Yakov Sverdlov, homens que estavam à frente da Revolução Russa — para evitar um possível resgate da família real.
Antes de esse reboliço político ter início, os Romanov desfrutavam de um estilo de vida pra lá de opulento e tinham em seu poder uma fortuna avaliada em US$ 60 bilhões (mais de R$ 220 bilhões) em joias e outras posses, mas, após o assassinato dos integrantes da família, boa parte de tudo isso desapareceu.
Local onde a Família Imperial Russa foi executada (The Siberian Times)
De acordo com Katie Serena, do site All That Is Interesting, investigações conduzidas pelo governo soviético descobriu, em 1933, que parte do tesouro dos Romanov tinha caído nas mãos da população local — que invadiu o Palácio de Alexandre, que servia de lar para a família imperial antes de sua transferência a Yekaterinburgo.
Tesouros da Família Imperial (The Siberian Times)
Entretanto, a maior parte dos itens jamais foi encontrada. Mas, segundo Katie, recentemente foram descobertos alguns documentos que parecem indicar a localização de pelo menos cinco esconderijos nos quais uma seleção de peças pode ter sido ocultada — entre elas, 26 caixas de ouro que teriam sido enterradas a vários metros de profundidade. Se você tem talento como caçador de tesouros, agora é a hora de pegar um mapa e começar a traçar planos!
Jóias da Coroa da Família Imperial Russa (npr)
Os papéis fazem referência à estação de trens Tayga, às cidades de Tobolsk e Omsk, que ficam para os lados da Sibéria, e às regiões de Yamalo-Nenets, no norte da Rússia, aos Montes Urais e a Kemerovo, cidade que se situa a quase 3,5 mil quilômetros de Moscou — todos locais onde a família Romanov mantinha laços com simpatizantes.
Conforme explicou Katie, originalmente, os documentos se encontravam em posse da KGB, a famosa organização do serviço secreto soviético, e foram redescobertos por jornalistas do The Siberian Times. É óbvio que foram feitas diversas tentativas ao longo das décadas de localizar os esconderijos do tesouro imperial — uma delas teria ocorrido em 1940 —, mas os “caçadores” jamais encontraram vestígios dos itens.
Família Imperial Russa durante o exílio (The Siberian Times)
Também existem rumores de que o tesouro teria sido dividido pela família e levado ao exterior para evitar que as peças caíssem nas mãos dos bolcheviques, e outra teoria popular é a de que os itens teriam sido deixados para afundar no canal Ob-Yenisei, na região de Krasnoyarsk, ou, ainda, no Lago Baikal, o mais profundo do mundo. Seja lá qual foi o real destino do tesouro da Família Imperial, você tem dúvidas de que os locais mencionados nos documentos vão receber um fluxo de caçadores esperançosos?
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