Estilo de vida
19/06/2018 às 05:31•2 min de leitura
É quase impossível encontrar alguém que nunca tenha assistido a um filme da Disney. Seja "Branca de Neve e os Sete Anões", lançado em 1937, ou os mais recentes, como "Carros 3", a lembrança de alguma cena sempre existe. Uma empresa tão popular tem uma responsabilidade imensa sobre o que produz, pois influencia todos que assistem a suas obras; já imaginou se o dono dela tivesse ligações estreitas com o FBI?
Walt Disney sempre soube o que queria desde que iniciou sua produção de animações. Sua ambição e visão de negócios fizeram com que a marca alcançasse patamares globais e seu produto fosse ligado intimamente a animações infantis, sempre atraindo a atenção de crianças e adultos.
Durante sua vida, Disney trabalhou muito para construir o mundo encantado que existe hoje e, para isso, precisou tomar sábias decisões ao criar toda a fantasia associada a seus parques. Mas talvez parte desse sucesso tenha sido facilitado por conexões com pessoas poderosas, entre elas J. Edgar Hoover, o primeiro diretor do FBI (agência norte-americana).
O relacionamento não era público, tanto que a primeira pessoa a trazer a informação à tona foi March Eliot, que estava escrevendo um livro sobre o magnata. Durante as pesquisas, ele teve acesso ao perfil de Disney no FBI, o qual possuía 750 páginas e estava com a maior parte censurada.
Mesmo o pouco que se encontrava acessível despertou a atenção do escritor. Uma das grandes partes disponíveis mencionava comunistas e como Disney estava satisfeito em colaborar com o FBI na busca de “encrenqueiros” em Hollywood.
Em 1941, todos os funcionários do estúdio entraram em greve, pois as condições de trabalho eram deploráveis, com assédio moral rotineiro e uma chefia despreparada. Apesar dos pontos apresentados, Disney acreditava que o movimento tinha sido iniciado por uma interferência comunista, tanto que existem registros de seu testemunho no comitê de atividades antiamericanas.
Ao abrir seu primeiro parque temático, em 1955, ele especificava detalhadamente como o FBI teria acesso a todo o complexo, sem exceções. Uma das áreas do parque se chamaria Terra do Amanhã, onde seriam mostradas exibições baseadas em ciência e tecnologia. Disney ofereceu o local para que o FBI expusesse suas técnicas científicas de investigação de crimes, mas a oferta foi negada.
Outros trechos do arquivo mostram que o animador estava em constante contato com a instituição federal, discutindo o que era produzido pela empresa. Mesmo após a morte de seu fundador, em 1966, a marca Walt Disney continuou criando produtos que influenciaram (e influenciam) gerações. O que não se sabe ainda é em qual medida a perseguição aos comunistas foi auxiliada pelo poder da Disney e, principalmente, como isso se reflete nas mensagens transmitidas por suas produções.
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