Estilo de vida
22/04/2013 às 08:40•2 min de leitura
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Uma nova pesquisa realizada pelo Beth Israel Medical Center, de Nova York, revelou que cantar ajuda na recuperação de bebês prematuros. A avaliação foi realizada em 11 hospitais em que musico-terapeutas ajudaram aos pais a transformar suas músicas favoritas em canções de ninar.
Entre alguns casos, uma das pesquisadas, a mãe de um prematuro Andrea Zalkin, cantou uma de suas músicas preferidas dos Beatles (“Eight Days a Week”) para o seu pequeno e frágil bebê que nasceu 13 semanas antes da data considerada ideal. Enquanto ela cantava, monitores mostraram uma desaceleração dos batimentos cardíacos da criança e a saturação de oxigênio aumentando.
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Os pesquisadores concluíram que a música (ao vivo), tocada ou cantada, ajudou, além de diminuir os batimentos cardíacos dos bebês, a acalmar a sua respiração, aperfeiçoar seus hábitos de sucção importantes para a alimentação, melhorar o sono e promover estado de alerta silencioso.
Os médicos e pesquisadores dizem que, ao reduzir o estresse e estabilizar os sinais vitais, a música pode permitir que os bebês passem a concentrar mais energia para o desenvolvimento normal.
Efeitos comprovados
Segundo o artigo divulgado no The New York Times, os nascimentos prematuros aumentaram desde 1990, para cerca de 500 mil por ano, sendo uma em cada nove crianças nascidas nos Estados Unidos. Com esse índice, aumentaram também as ferramentas de recuperação cada vez mais pesquisadas por especialistas, sendo uma delas o uso da música.
Alguns hospitais acreditam que a música seja tão eficaz e segura para as crianças quanto sedativos antes de alguns procedimentos como ultrassonografias de coração e de monitoramento cerebral. Além disso, alguns neonatologistas dizem que os bebês que recebem musicoterapia deixam os hospitais mais cedo, o que pode ajudar no seu desenvolvimento e na conexão familiar.
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Dr. Thomas Truman, o diretor de terapia intensiva neonatal e pediátrica no Hospital Memorial Tallahassee, na Flórida, que não esteve envolvido no estudo, disse que as crianças que tinham música tocada para eles foram para casa mais cedo: "Pelo menos com dois dias de diferença em comparação com bebês que não estavam recebendo a terapia de música", disse ele.
Segundo o médico, a música ajuda a diminuir a resposta da criança ao stress, além de aumentar a taxa de oxigênio e aproveitamento das calorias para o desenvolvimento e crescimento.
Os pesquisadores acreditam que a razão pode ser porque a música é organizada por superestimular o ruído das unidades neonatais. "Máquinas barulhentas, rondas médicas, além de alarmes em ventiladores e bombas de oxigênio. Tudo isso pode ser prejudicial, mas um som que seja melódico e significativo é importante para o desenvolvimento do cérebro do bebê”, disse Helen Shoemark, pesquisadora de música em Murdoch Childrens Research Institute, em Melbourne, na Austrália.
O estudo de dois anos avaliou cientificamente o impacto da arte musical na saúde dos bebês, separando os fatores como ritmo, melodia e timbre para ver efeitos no ritmo cardíaco, respiração, sucção, vigília e sono.
Para a melodia, os pais foram convidados a falar a sua canção favorita que, se não era de ninar, os pesquisadores alteraram o ritmo para essa forma. Quando os pais não tinham uma canção, a escolhida pelos especialistas era “Twinkle, Twinkle, Little Star” (“Brilha, brilha, estrelinha”).