Estilo de vida
03/06/2015 às 09:38•2 min de leitura
Você já dormiu durante uma reunião da empresa onde trabalha? Saiba que na Coreia do Norte você poderia morrer por isso. O ex-ministro da Defesa do país, Hyon Yong Chol, foi executado publicamente no final de abril deste ano por um tiro de bateria antiaérea. Yong foi condenado à pena de morte por ter adormecido durante um evento com o ditador Kim Jong-un e não ter cumprido ordens.
Se você tem uma Bíblia e por algum motivo pretende visitar a Coreia do Norte, deixe-a em casa. O americano Jeffrey Fowle, de 56 anos, não fez isso e foi preso em junho do ano passado. Ele ficou detido por cinco meses por deixar uma Bíblia no banheiro de um restaurante, isso porque são proibidas manifestações independentes de religiosidade no país. Fowle foi solto após negociações entre o governo americano e o coreano.
Os norte-coreanos que têm algum tipo de parentesco com alguém que foi acusado por um crime são considerados corresponsáveis e são presos também. A argumentação feita para tal condenação é que é o mesmo sangue correndo nas veias (mesma ideologia do conceito de Sippenhaft, utilizado na Alemanha nazista).
Os moradores da Coreia do Norte são proibidos de assistir a qualquer tipo de mídia estrangeira ou ouvi-la. As punições podem ser mais leves, como a prisão por até três anos para quem for pego vendo um filme russo ou indiano, ou chegar à pena de morte para mídias americanas ou sul-coreanas.
Uma a cada 100 pessoas na Coreia do Norte possui um automóvel. Essa estatística pode ser explicada pelas proibições em relação a isso. Além de somente pessoas que possuem laços com o governo poderem comprar carros, nenhuma mulher, nem mesmo as guardas de trânsitos que trabalham como “semáforos humanos” (pois os eletrônicos ficam desligados praticamente o ano todo), podem pilotar.