Ciência
01/10/2013 às 06:57•2 min de leitura
A rede japonesa de fast-food criou uma parceria para produzir e comercializar alimentos com a prefeitura de Fukushima, no Japão. A região ficou conhecida no mundo inteiro quando foi devastada pelo acidente nuclear que se seguiu depois do terremoto e o tsunami de março de 2011.
Segundo o Financial Times, a rede Yoshinoya irá fornecer fundos através de uma joint venture realizada com os agricultores locais que cultivam arroz e legumes, criando uma associação agrícola para produzir os alimentos que estarão nas mesas dos 1.175 restaurantes da empresa.
Chamada de “Yoshinoya Farm Fukushim”, a parceria vai começar a cultivar arroz, cebola e repolho em um campo — a 80 quilômetros da usina nuclear afetada pelo terremoto — a partir do próximo ano com um investimento de Y10m (cerca de 102 mil dólares) da rede de fast-food.
A empresa também irá construir uma fábrica para processar vegetais para o uso em seus restaurantes em todo o país, sendo que os representantes da Yoshinoya afirmaram medidas rigorosas de triagem de radiação serão postas em prática.
"Acreditamos que isso vai ajudar na reconstrução”, disseram os porta-vozes da rede, que também acreditam que a ação possa ajudar a garantir os ingredientes de baixo preço para os seus famosos pratos de carne com arroz.
Fonte da imagem: Reprodução/Fox News
O volume previsto da produção é de 35 toneladas de alimentos, o que significa apenas um milésimo do que a rede precisa anualmente para produzir suas refeições de todos os restaurantes. Segundo foi anunciado em um comunicado, nenhum dos produtos serão utilizados em outros estabelecimentos da Ásia ou Estados Unidos. Dado que os volumes serão tão baixos, o objetivo do projeto é apenas ajudar a recuperação de nascentes da região.
Os agricultores têm sido um dos grupos mais afetados após o terremoto e tsunami de 2011, os eventos que precipitaram o acidente da usina nuclear Fukushima Daiichi.
Alguns agricultores começaram a retornar para algumas áreas de Fukushima no ano passado, mas seus esforços têm sido dificultados por temores sobre a segurança dos produtos da região. Arroz, legumes, frutas e ovos produzidos na região, que são enviados para outros lugares no Japão, são testados localmente a cada semana para detectar sinais de contaminação radioativa.