Artes/cultura
01/12/2016 às 12:15•3 min de leitura
Os primeiros registros de HIV no mundo datam de 1977 e 1978, na África do Sul, porém, a descoberta do vírus em si aconteceu apenas em 1984. Nessa época, não existia nenhum tratamento eficaz com a síndrome, que destrói as células de defesa do corpo e abre espaço para doenças oportunistas se instalarem.
Com o avanço da medicina, diversos tratamentos surgiram e prolongam a vida do portador por um tempo indeterminado – alguns infectologistas estimam em mais de 50 anos após o início do tratamento, nos dias de hoje. O chamado coquetel pode ser considerado a cura do vírus, já que ele faz com que o HIV fique adormecido no corpo do portador. A cura propriamente dita ainda não existe.
A principal forma de transmissão é através do sexo, e a doença foi estigmatizada como sendo de homossexuais. Essa realidade mudou nessas 3 décadas que a humanidade convive com ela, mas o tabu ainda persiste. A maioria das pessoas esconde sua condição com medo de enfrentar preconceitos. Mesmo assim, alguns famosos vieram a público revelar que vivem com o vírus e levam uma vida normal.
Talvez você não o conheça de nome, mas já cantou suas músicas: Andy Bell faz parte da dupla pop Erasure, que tem hits como “A Little Respect”, “Chains of Love” e “Always”, lançados entre o final dos anos 80 e começo dos 90. Bell se assumiu gay em 1986 e em 2004 revelou que era soropositivo havia 6 anos. Ele continua fazendo shows até hoje e mantém o vírus sob controle.
Em 1970, Panozzo fundou a banda de rock progressivo Styx, que lançou sucessos como “Lady”, “Come Sail Away” e “Babe”. Em 2001, ele revelou ser homossexual e portador do vírus HIV, chocando a indústria da música e os fãs. Atualmente, aos 67 anos, ele continua em turnê com a banda e se tornou ativista na conscientização do vírus causador da aids.
Johnson era o líder da banda dos anos 80 Frankie Goes to Hollywood, que tem como principais hits as músicas “The Power of Love” e “Relax”, tema do filme “Dublê de Corpo”. Em 1991, ele descobriu ser portador do vírus e resolveu dar um tempo na carreira. Hoje ele está com 55 anos e com o vírus sob controle. Além da medicação antirretroviral, Johnson também parou de beber e fumar.
O mergulhador recebeu 4 medalhas de ouros nos Jogos Olímpicos de 1984 e 1988 – neste último, protagonizou um momento tenso do esporte ao bater a cabeça no trampolim, mas se recuperou e garantiu a vitória. Seis meses antes dessa competição, em Los Angeles, Louganis recebeu o diagnóstico positivo para HIV, que ele trouxe a público em 1995. Atualmente, com 55 anos, ele virou ativista dos direitos LGBTs e dos portadores do vírus causador da aids.
Um dos maiores compositores da Broadway, responsável pelas trilhas de “Olá, Dolly!” e “Gaiola das Loucas”, Herman descobriu o HIV em 1984, quando o vírus ainda era praticamente uma sentença de morte. O músico vencedor de 2 prêmios Tony fez tratamentos experimentais e segue vivo quase sem sintoma algum de sua condição. Ele está com 80 anos!
Um dos mais lendários jogadores de basquete da NBA de todos os tempos, Johnson chocou o mundo em 1991 ao revelar que era soropositivo. Até então, essa era uma doença quase sempre associada aos homossexuais. O jogador estava no auge da carreira e serviu de porta-voz para a consciência de se prevenir contra o HIV. Atualmente, com 56 anos, ele tem uma saúde comparável à de alguém que não possui o vírus.
Famoso ator de cinema nos anos 80 e 90, Sheen fez sua transição para as telinhas e acabou se tornando o mais bem pago da TV: ele chegou a ganhar US$ 1,8 milhão por episódio em “Two and a Half Men”. Considerado um ator mulherengo e difícil de lidar, Sheen anunciou sua soropositividade em novembro de 2015.
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O dia 1º de dezembro ficou conhecido como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Diversas campanhas em todo o planeta tentam conscientizar a população para se prevenir. Nós aqui do Mega ressaltamos que, apesar de ser possível viver com o HIV hoje em dia, o melhor mesmo é se proteger e não ficar à mercê de nenhum risco. Consciência, galera! E se previnam: sexo só com camisinha, hein?