Estilo de vida
28/02/2018 às 04:00•2 min de leitura
Todo mudo conhece Thomas Edison, o inventor da primeira versão comercializável da lâmpada incandescente, e Henry Ford, o empreendedor que revolucionou o mundo com a aplicação da produção em massa de automóveis, não é mesmo?
Além disso, também é fato conhecido que os dois figurões cometeram algumas mancadas feias ao longo de suas carreias — como eletrocutar animais e se “apoderar” das ideias de outros inventores, no caso de Edison, e ser abertamente antissemita e amiguinho dos nazistas, no caso de Ford. No entanto, o que talvez nem todo mundo saiba é que os dois gênios eram extremamente amigos.
De acordo com Dylan Thuras, do portal Atlas Obscura, Ford cresceu em uma fazenda sem acesso à eletricidade, mas acompanhou a carreira brilhante de Edison avidamente através dos jornais. Assim, o jovem tinha no inventor um herói, um exemplo do que ele gostaria de se tornar um dia.
Segundo a Ford, Thomas Edison e Henry Ford se conheceram durante um congresso, e o primeiro bate-papo que tiveram foi a respeito de métodos para conferir potência aos automóveis, como o uso de eletricidade ou de motores de combustão interna, por exemplo. Edison ficou muito impressionado com as ideias de Ford e, além de a dupla criar um importante relacionamento profissional, os dois se tornaram grandes amigos.
A amizade entre os gênios se tornou tão especial e genuína, que Edison e Ford chegaram a comprar propriedades vizinhas na Flórida. Ademais, os dois costumavam fazer passeios e acampar juntos, e quando Edison acabou ficando preso a uma cadeira de rodas, Ford comprou uma para poder apostar corridas com seu herói de infância.
Pois quando Edison começou a sucumbir por conta das complicações de sua diabetes, o inventor passou a manter uma série de tubos de ensaio espalhados pelo seu quarto. E quando ele finalmente faleceu, seu “último suspiro” foi selado no interior de um dos recipientes com parafina pelo médico pessoal de Edison, Dr. Hubert S. Howe.
A lembrança foi mais tarde encaminhada pelo filho de Edison, Charles, a Ford, que a manteve guardada em sua coleção pessoal durante vários anos. A peça foi encontrada nos anos 50, e atualmente se encontra exposta no Museu Henry Ford, em Dearborn, Michigan, e representa uma lembrança tocante e incrivelmente pessoal de um grande amigo a outro.
*Publicado em 16/11/2015