Ciência
22/11/2013 às 13:19•2 min de leitura
De acordo com uma notícia publicada pelo portal The Local, um polêmico estudo apresentado por um pesquisador espanhol apontou que o julgamento e posterior crucificação de Cristo não foram injustos. José María Ribas Alba, o autor da pesquisa — que conta com 300 páginas —, dedicou 25 anos analisando todos os detalhes relacionados ao processo de Jesus, chegando à conclusão de que ele foi um ato perfeitamente legal.
Segundo o pesquisador — que é especialista em Direito Romano e professor na Universidade de Sevilha —, Cristo foi julgado por dois crimes diferentes, um de blasfêmia e o outro por ter insultado um chefe de estado. Isso significa que o processo envolveu um crime de cunho religioso e outro de cunho político, e a sentença aplicada é consistente com os critérios legais vigentes naquela época.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
A conclusão de Alba entra em conflito com os relatos bíblicos, que afirmam que as acusações contra Jesus foram exageradas e que a sua punição foi mais cruel do que o comum. No entanto, o professor comparou o processo de Cristo com julgamentos semelhantes que ocorreram da mesma época, e explicou que os dois aspectos — religioso e político — se mesclavam de forma que hoje em dia não compreendemos muito bem.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
O estudo traz informações detalhadas sobre as figuras-chave envolvidas no processo, incluindo Pôncio Pilatos, prefeito da Judeia e juiz no caso, e Caifás, o sumo sacerdote judaico que teria orquestrado a morte de Jesus. Além disso, a pesquisa também aponta que Cristo primeiro foi julgado pelo conselho judaico — já que seus ensinamentos causaram grande descontentamento entre as autoridades judaicas —, e só depois o caso foi encaminhado aos romanos.
Alba afirma que o julgamento foi um dos eventos mais importantes da História, afinal envolveu uma figura que marcou de forma decisiva a civilização ocidental, contribuindo para configurar a cultura e a mentalidade de nossa sociedade. Contudo, apesar do que sempre se acreditou, tanto as acusações como o processo contra Jesus foram justos.