Ciência
23/06/2016 às 13:03•2 min de leitura
Se você acompanhou de perto o caso do tiroteio na boate Pulse de Orlando, então você deve saber que, além de o Estado Islâmico reivindicar a autoria do ataque, inúmeros membros da organização terrorista celebraram a morte de tantos inocentes através do Twitter. E sabe o que um hacker fez para se vingar dessa gente odiosa?
De acordo com David Gilbert, do portal International Business Times, um hacker norte-americano que responde pelo nome de Wauchula Ghost encheu as contas de integrantes do Estado Islâmico com bandeiras do arco-íris, imagens de homens se beijando e fazendo sexo, filmes de pornografia gay e mensagens de apoio à comunidade LGBT. Há!
Segundo Gilbert, o hacker revelou que seus esforços estão focados em evidenciar a necessidade de os governos e companhias como o Twitter se envolverem mais na prevenção da radicalização. Conforme explicou, pessoas como ele têm feito mais do que as autoridades e as próprias redes sociais para combater a disseminação de mensagens de ódio pela internet.
Uma das contas hackeadas por Wauchula Ghost
Desde meados de 2015, o Twitter suspendeu 125 mil contas relacionadas com o ISIS, mas, segundo o hacker, não faz muita coisa no sentido de monitorar quem são os responsáveis por essas contas — já que muitos desses mesmos usuários voltam a criar perfis novos.
Ademais, Wauchula Ghost disse que pretende fazer mais ataques durante os próximos dias e que não tem medo de sofrer retaliação. Na verdade, o hacker disse estar mais preocupado com pessoas como o atirador que conduziu o ataque, já que indivíduos como ele estão nas ruas, no meio de todos nós, e é incrivelmente difícil prever quando esses sujeitos decidirão matar mais inocentes.
Outra "arte" de Wauchula Ghost
De acordo com Wauchula Ghost, ele conseguiu acessar as contas de centenas de indivíduos que apoiam as ações do ISIS e que usam esses meios para divulgar mensagens do grupo e para radicalizar pessoas mundo afora. O hacker revelou que trabalha sozinho, embora tenha ligações com o grupo ativista Anonymous.
De acordo com a interpretação que os membros do Estado Islâmico dão à Sharia — uma espécie de código de conduta seguido pelos muçulmanos —, a punição para a prática do sexo entre pessoas do mesmo gênero consiste em jogar os envolvidos do alto de um prédio e apedrejar seus corpos diante da população.