Ciência
27/06/2016 às 12:47•2 min de leitura
Você se lembra de quando o Papa Francisco, ao ser questionado a respeito de sua opinião sobre os gays há alguns anos, respondeu que quem era ele para julgar? Pois, de acordo com o The Huffington Post, no último domingo, quando retornava de uma viagem oficial à Armênia, o pontífice voltou a surpreender os jornalistas que se encontravam no mesmo voo que ele com a sua posição em relação aos homossexuais.
Segundo o portal, um dos repórteres perguntou ao Papa sobre o recente tiroteio na boate Pulse de Orlando, nos EUA, que acabou com a morte de 50 pessoas — incluindo o atirador —, e o pontífice afirmou que os homossexuais não deveriam sofrer discriminação. Pelo contrário: o Papa disse que eles deveriam ser respeitados e que a Igreja deveria se desculpar com qualquer gay que ela possa ter ofendido.
De acordo com o The Huffignton Post, o Papa ainda comentou que os cristãos deveriam se desculpar por muitas coisas, e não apenas pelo — mau — tratamento com relação aos homossexuais. Segundo o pontífice, a Igreja também deveria se desculpar com os pobres, com as mulheres que já foram exploradas, as crianças que já foram forçadas a trabalhar e até por ter abençoado tantas armas, provavelmente se referindo a religiosos que, no passado, apoiaram guerras e conflitos.
Papa conversando com jornalistas durante o voo
Além disso, voltando a falar sobre os gays, o Papa afirmou que os cristãos não deveriam simplesmente pedir desculpas, mas sim clamar por seu perdão também. Conforme explicou aos jornalistas, existem países que se balizam por determinadas tradições e algumas demonstrações homossexuais são vistas como ofensivas por certas culturas.
Entretanto, o Papa sugeriu que isso não é motivo suficiente para que haja marginalização e discriminação da comunidade gay. Por conta de seu posicionamento, o pontífice se tornou alvo de críticas dos católicos mais conservadores — que o acusam de fazer comentários ambíguos sobre a moralidade sexual. Por outro lado, o Papa é considerado por muitos como o pontífice mais piedoso e compassivo da história recente com relação aos homossexuais.