Ciência
11/07/2017 às 12:23•2 min de leitura
São Bento é um dos nomes mais importantes da Igreja Católica – não é à toa que o papa emérito escolheu essa alcunha. E, no dia 11 de julho, fiéis de todo o planeta, principalmente da Europa e da Alemanha, do qual ele é padroeiro, comemoram a sua data. Mas, afinal, quem foi essa cara?
Benedetto de Norcia nasceu em Úmbria, na Itália, no ano de 480. Desde criança, ele demonstrou interesse pela religião e nunca deixava de rezar. Por conta disso, acabou se mudando para Roma para estudar filosofia. Lá ele conheceu um eremita que lhe ensinou tudo sobre a vida solitária, e Bento passou a ser um ermitão.
Durante 3 anos, Bento ficou recluso em uma gruta, apenas rezando e estudando. Ele recebia alimentos de seu mentor, chamado Romano. Aos poucos, outros pastores da região começaram a ouvir sua história e também passaram a deixar comida na entrada da sua moradia.
Bento passou três anos só rezando e estudando
A fama de que Bento era um santo em vida logo se espalhou, e muita gente passou a procurá-lo em busca de conselhos e orações. Isso fez com que ele fosse convidado a ser o abade do convento de Vicovaro, já que conhecia bastante dos ensinamentos de Cristo. Lá, ele acabou criando atrito com os monges, seus subordinados, que inclusive teriam tentado matá-lo com um cálice envenenado. Bento, ao benzer o vinho, teria neutralizado o veneno e sobrevivido!
Apesar dos atritos, Bento foi o primeiro a organizar os monges – antes eles viviam isolados e dispersos. Os mosteiros fundados por ele faziam parte da Ordem dos Beneditinos, a primeira ordem monástica da História, que atraiu a atenção de muitas pessoas da alta sociedade, que enviavam os filhos para estudar nesses locais. Ela funciona até os dias atuais.
Bento morreu aos 67 anos, supostamente depois de prever a própria morte. Ele cavou sua cova, reuniu seus seguidores, fez uma reza e sucumbiu! Sua fama de milagreiro só aumentou ao longo dos séculos: em 1220, ele foi finalmente canonizado. Dos mosteiros beneditinos, ergueram-se 23 papas, 5 mil bispos e 3 mil santos!
Mosteiro de São Bento em São Paulo (SP)
A origem da cruz-medalha de São Bento é incerta, mas ela traz uma série de curiosas inscrições. Por exemplo: VRS (“Vade Retro Satana”, ou “para trás, Satanás”, em latim) e NSMV (“Nunquam Suade Mihi Vana”, ou “Nunca me dê conselhos vãos”). Por conta disso, ela ficou famosa no uso em exorcismos, a ponto de o papa Bento XIV, em 1742, aprovar a medalha para essa prática.
Hoje em dia, muitos invocam orações a São Bento como forma de quebrar magias de inimigos – e não precisa ser apenas do Tinhoso! Para isso, basta entoar os versos de sua oração: “A cruz sagrada seja minha luz. Rogue por nós, bem-aventurado São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo”.
Detalhes da medalha de São Bento