Ciência
29/05/2018 às 04:00•2 min de leitura
Você já deve ter ouvido muito a respeito do inferno, independente de qual seja a sua religião. A descrição desse ambiente nunca é atrativa, mas ela varia muito, conforme a cultura e as crenças das pessoas em todas as épocas do mundo. O site List Verse reuniu alguns diferentes conceitos de inferno e nós vamos repassá-los a você.
Fonte da imagem: Reprodução/Goddessfreya
Esqueça a ideia de que o inferno é um local em eternas chamas. Pelo menos se você acreditar no Niflheim, uma versão nórdica e alemã da casa do tinhoso. O local é uma paisagem congelante que abriga uma cobra gigante chamada Nidhogg, que se alimenta de todos os cadáveres presentes no local. Essa descrição está presente na mitologia nórdica como a mais escura e assombrada de todas, responsável por abrigar almas em constante dor.
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Os povos antigos da Finlândia acreditavam que as almas eram arrastadas até Tuonela, o mundo dos mortos, através do rio Tuoni. A responsável pelo carregamento das almas seria a deusa da morte, Tytti. Acreditava-se que Tuonela era uma reprodução do mundo como ele era conhecido, só que com almas sofredoras e em constante dor.
As pessoas acreditavam que era permitido levar alguns itens de sobrevivência até lá e que, além disso, poderiam ir visitar entes queridos, embora a viagem fosse considerada superperigosa e, muitas vezes, mortal. Detalhe: o rio Tuoni era cheio de cobras venenosas.
Fonte da imagem: Reprodução/ListVerse
A versão egípcia para a vida após a morte descrevia o ambiente Duat, governado pelo deus da morte, Osiris. O espaço é descrito de maneira parecida com a Terra, mas com alguns detalhes místicos como lagos de fogo e paredes de ferro. O caminho até Duat incluía o encontro com guardiões nada simpáticos metade animais, metade humanos, com nomes como “bebedor de sangue” ou “comedor de excremento”.
Uma vez dentro de Duat, a pessoa teria seu coração pesado ao lado de uma pena – se o órgão fosse mais pesado que a pena, a pessoa o entregaria para que fosse devorado pelo demônio Ammut. Uma vez condenadas, as pessoas teriam uma eternidade de punições como andar o tempo todo de ponta-cabeça, ser constantemente picado por serpentes ou, ainda, ter seu corpo devorado por demônios.
Fonte da imagem: Reprodução/ListVerse
Essa é a versão Maia do inferno, cuja descrição é de um lugar repleto de dor, onde os deuses da morte torturavam as almas condenadas de maneiras extremamente cruéis e bizarras, com o poder de fazer pus jorrar dos corpos das pessoas e causar vômitos de sangue.
As almas condenadas deveriam enfrentar um caminho tortuoso para chegar até Xibalba, o que incluía nadar em rios de sangue, escorpiões e pus. Como se não bastasse, as almas eram constantemente levadas ao erro em caminhos duvidosos até chegar à Xibalba, composta por seis casas chamas de: casa escura, casa do jaguar, casa da navalha, casa quente, casa do morcego e casa gelada.
Fonte da imagem: Reprodução/ListVerse
Essa é a versão chinesa do inferno, descrita em até 18 níveis, sendo que cada um deles é controlado por um juiz e as punições são aplicadas aos pecadores conforme a vida que tiveram na Terra. Acredita-se que uma pessoa deve passar por 134 infernos de tortura e dor antes de reencarnar – antigamente, o número de infernos era bem maior: 96.816.
Esses níveis, ou infernos, têm nomes autoexplicativos, como: câmara da língua rasgando, câmara das tesouras, montanha de facas, morro de gelo, caldeirão de óleo fervendo, piscina de sangue, cidade do suicídio. O pior inferno, que é o último, é conhecido como Avici, e é reservado apenas para os piores pecadores de todos, sem chances de reencarnação.
*Publicado originalmente em 07/09/2013.