Sistema Linfático: o que é, para o que ele serve e como funciona?

18/08/2017 às 07:073 min de leitura

Você já deve ter ouvido falar a respeito do sistema linfático, certo? Caso você não entenda muito bem qual é a sua utilidade no organismo, saiba que ele desempenha funções incrivelmente importantes — relacionadas com o combate a infecções e a eliminação de bactérias, vírus, impurezas e outros elementos “indesejáveis” do nosso corpo.

De acordo com Jordan Rosenfeld, do site Mental_Floss, esse mecanismo trabalha em conjunto com o sistema imunológico e, basicamente, funciona circulando a linfa — um fluido transparente produzido a partir do excesso de líquido que passa através dos capilares — pelos vasos linfáticos que se encontram distribuídos por todo o organismo.

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Esse líquido vai recolhendo todas as impurezas e agentes estranhos presentes nos tecidos e os deposita nos linfonodos, onde os leucócitos (células imunológicas) entram em ação e atacam qualquer agente que eles entendam como sendo nocivos ao organismo. A seguir, você pode conhecer um pouco melhor o fascinante funcionamento desse vital mecanismo:

Como o sistema linfático se distribui?

Apesar de o sistema linfático e o sistema circulatório serem mecanismos independentes, eles trabalham em conjunto e funcionam mais ou menos como as linhas de metrô que percorrem rotas semelhantes. Assim, onde existirem veias e artérias, pode saber que vamos encontrar vasos linfáticos.

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Ainda pensando na analogia que fizemos com as linhas do metrô, distribuídos ao longo dos vasos encontramos pequenos nódulos linfáticos, os chamados linfonodos, que seriam como pequenas “estações” nessa rede de transporte — que são as que recebem as impurezas e os agentes infecciosos recolhidos pelo sistema linfático. Aliás, esse mecanismo é posto em funcionamento graças à pressão criada pela movimentação corporal e à ação da gravidade, portanto as massagens leves e drenagens podem ajudar.

O que são os linfonodos?

Eles são estruturas mais ou menos do tamanho e do formato de ervilhas que se encontram distribuídas por todo o organismo. É nos linfonodos que se ficam os linfócitos B e T, as principais células produzidas pelo corpo focadas no combate a infecções, assim como subcategorias dessas células.

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Voltando à analogia das linhas e estações de metrô, é importante mencionar que o sistema linfático também trabalha em conjunto com o baço que, nessa rede toda aí que mencionamos, funcionaria como uma espécie de “estação central”. Esse órgão — que se situa entre o estômago e o diafragma — pode produzir linfócitos adicionais quando necessário, assim como filtrar substâncias tóxicas presentes no organismo. Mas, voltando aos linfonodos...

Como os linfonodos agem?

Quando o sistema linfático transporta até os linfonodos algum agente que é identificado como potencialmente perigoso — como um vírus, uma bactéria e até algum tipo de medicação que tomamos —, os linfócitos B começam a produzir anticorpos que, por sua vez, sinalizam às demais células imunológicas que é hora de entrar em ação.

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Essa mobilização toda pode fazer com que a concentração de linfa aumente no interior dos linfonodos — fazendo com que eles se tornem inchados e doloridos. De modo geral, quando isso acontece, não há motivo para muita preocupação.

No entanto, se o inchaço persistir durante várias semanas, e você perceber que um linfonodo está mais firme e menos “móvel” do que o normal, procure um médico! Isso porque, apesar de essas estruturas se tornarem doloridas e intumescidas em resposta a infecções, quando elas se tornam mais persistentes, duras, sua consistência ao toque muda e fica mais difícil fazer com que elas se mexam.

Sinais de alerta

Você já deve ter imaginado o que os linfonodos persistentes, imóveis e mais consistentes podem indicar, não é mesmo? Pois é, caro leitor, esse quadro pode sinalizar a presença de algum câncer no sistema linfático ou, ainda, em outras partes do corpo. Isso porque, em caso de metástase, as células cancerosas acabam migrando até os linfonodos e, a partir deles, podem se espalhar para outros tecidos.

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Na verdade, essa é outra função superimportante do sistema linfático, já que os médicos podem determinar o prognóstico de um câncer a partir da definição do quão envolvidos os linfonodos estão na doença. Tipicamente, quando os médicos detectam a presença de células cancerosas nos nódulos linfáticos, o tratamento precisa ser mais agressivo, incluindo o uso de radioterapia, quimioterapia e outros fármacos.

A boa notícia, no entanto, é que, segundo Jordan, do Mental_Floss, existem terapias promissoras surgindo por aí para o tratamento do câncer. Um problema relacionado a essa doença é que, como os tumores são feitos de células do próprio organismo, o sistema imunológico nem sempre entende que eles são perigosos. Uma das novidades está focada em alterar geneticamente os linfócitos dos pacientes de forma que eles passem a reconhecer as células malignas e dizimem os tumores. Legal, né?

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