Artes/cultura
11/04/2017 às 04:05•2 min de leitura
Começo de namoro é sempre um mar de rosas, mas a rotina sexual do casal tende a diminuir um pouco com o passar do tempo. Em alguns casos, inclusive, determinados casais chegam a passar longos períodos sem relações sexuais, e aí é normal que haja certa preocupação e o medo de que a relação fique morna demais e se transforme em uma espécie de amizade.
Jill Blakeway, que escreve sobre o assunto e atende em sua clínica de acupuntura inúmeras pessoas que afirmam não manter relações sexuais com seus parceiros, afirma que a abstinência sexual pode realmente prejudicar a relação. Em uma de suas pesquisas sobre o tema, ela descobriu o seguinte: há pelo menos 40 milhões de pessoas norte-americanas que são comprometidas, mas não fazem sexo.
Diante de um número tão significativo, nos resta questionar: por que tantas pessoas deixam de fazer sexo com seus parceiros? O que será que faz com que, com o passar do tempo, os ânimos entre os casais diminuam tanto? Blakeway citou três motivos principais à revista Time – confira a seguir:
Pessoas que têm vidas muito agitadas, trabalham muito, estudam, cuidam das tarefas domésticas, dos filhos, vão à academia e vivem sem muito espaço para descanso tendem a não encontrar tempo e disposição para o sexo também. Quando vão para a cama, tudo o que realmente desejam é uma boa noite de sono mesmo. Esses indivíduos muitas vezes não aproveitam nem o fim de semana para o rala e rola, já que, ainda cansados, preferem de fato descansar – ou, em muitos casos, trabalham também aos sábados e domingos.
Nessas situações, o ideal é que a pessoa encontre um tempo semanal para o sexo e mantenha esse “compromisso” – depois de um tempo, a frequência sexual vai deixar o casal mais próximo e mais satisfeito.
De acordo com Blakeway, pessoas muito estressadas, especialmente as mulheres, tendem a ter menos libido, já que a estimulação sexual feminina tem grande relação com o estado mental. O problema do estresse é que ele geralmente nos impede de focar em estímulos prazerosos. Se esse for o caso, sessões de meditação, yoga e acupuntura podem ajudar a resolver o problema.
Infelizmente, vivemos em uma sociedade que hipervaloriza corpos de mulheres “perfeitas” e, por isso, somos frequentemente expostos a imagens de mulheres que não têm estrias, espinhas, celulite, acne, gordura localizada, pelos e por aí vai...
Ao comparar nossos corpos com os de mulheres em capas de revistas, acabamos inseguras com a nossa própria forma física, o que pode atrapalhar a vida sexual. Para piorar, muitos casais jovens têm na pornografia um modelo de relação, sendo que esse tipo de produção, na maioria das vezes, é totalmente artificial.
Para resolver esse problema, é preciso que o casal mantenha diálogo e que fique claro que modelos e celebridades têm acesso a técnicas caras de beleza e muitas vezes fazem cirurgias plásticas – em muitos casos, suas imagens ainda são retocadas pelo Photoshop, então é realmente difícil concorrer com elas.
O sexo entre casais que realmente se amam não tem a ver com perfeição estética, mas sim com intimidade e realidade. Blakeway aconselha que mulheres que se sentem inseguras com seus corpos foquem em partes específicas em vez de avaliarem negativamente o todo. Aos poucos, com confiança e com a certeza de que cada corpo é único e bonito, a autoconfiança vai surgindo.
Esses conselhos são, obviamente, para pessoas que não se definem como assexuais – nesses casos, a prática sexual não faz diferença na qualidade da relação e na intimidade do casal.
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