Artes/cultura
07/08/2015 às 09:28•2 min de leitura
Até pouco tempo atrás, a cerveja era apenas um item alimentício na Rússia. Em 2011, foi aprovado em primeira instância o projeto de lei que reconhecia a bebida como alcoólica e, apenas no dia 1º de janeiro de 2013, ele foi aprovado.
Pasmem: 25% dos homens russos morrem antes dos 55 anos. Essa porcentagem impressionante é relacionada à paixão intensa do povo pela vodca. Só para você ter uma ideia, os russos consomem, em média, 20 litros de vodca por ano, enquanto os britânicos, três litros de bebidas destiladas no mesmo período.
Em fevereiro deste ano, dois ursos foram mandados para a reabilitação por serem viciados em cerveja. Eles eram propriedade do dono de um restaurante em Sochi, na Rússia, e foram usados para divertir as pessoas que iam ao estabelecimento durante 20 anos. Os animais ficavam presos na parte de trás do restaurante e os clientes podiam dar bebidas alcoólicas para eles.
A organização Grandes Corações, com ajuda da fundação que defende os direitos dos animais criada por Brigitte Bardot, conseguiu fazer com que eles fossem mandados para um parque de ursos na Romênia, onde receberão cuidados adequados para tratar esse vício. O dono do restaurante, Dzhernkis Uzaroshvili, disse que não maltratava os animais e que “a cerveja faz bem para os ursos por causa do frio aqui em Sochi”.
Empresários russos encontraram uma maneira diferente de escapar do trânsito: Por meio de um site eles contratavam ambulâncias que, com as sirenes ligadas, permitiam que chegassem em reuniões a tempo. A polícia descobriu a fraude em 2013 quando uma ambulância foi parada em uma patrulha. Um dos policiais desconfiou que havia algo estranho, pois, segundo ele, quem estava dirigindo o veículo “não parecia ser um motorista de ambulância”.
O resultado: quando eles autuaram o motorista, viram que o interior do carro era customizado e com uma decoração luxuosa. Na época, o aluguel da ambulância por uma hora custava aproximadamente 400 reais.
The Beatles é uma banda muito famosa no mundo inteiro e na época soviética, era proibido ouvir músicas de bandas ocidentais. Como comprar discos no mercado negro era arriscado, foi encontrada uma solução. Raios-x eram comprados ou roubados de dentro dos lixos de hospitais e as músicas eram gravadas neles. O nome dado a essas gravações era “música nos ossos”. Criativo, não?
Se você for para a Rússia e se deparar com um tapete na parede, não se assuste. Acontece que, na década de 1960, milhões de pessoas se deslocaram do campo para a cidade e moravam em apartamentos baratos em prédios que tinham acabado de ser construídos.
Além do material usado para construir os prédios (concreto) que fazia com que o frio russo se intensificasse dentro dos apartamentos, outro motivo para a essa prática foi a espessura das paredes, que era muito fina. Ficar sem dormir por causa de brigas de vizinhos ou coisas do tipo era comum, e o tapete serviu como um bom material de isolamento acústico. Desde então, isso se tornou um costume.
Você deve saber que usar tapetes nas paredes não é exclusividade dos russos. No Oriente médio isso é feito há muito mais tempo. A peça decorativa indica boas condições de vida e esse pensamento era muito presente na época da União Soviética.