Ciência
02/04/2015 às 11:37•3 min de leitura
O mundo está repleto de lugares incríveis para visitar, e aqui no Mega Curioso você pode encontrar matérias sobre uma porção deles na seção “Próxima Parada”. Entretanto, Petr Habarta do site List25 reuniu alguns locais que poderão desaparecer por completo — ou perder suas características mais marcantes — nos próximos anos, e nós da redação selecionamos 10 para você conferir. Preparado para embarcar conosco?
Constituída por 1.196 ilhas, a República das Maldivas também está correndo o risco de desaparecer. Isso porque o país insular conta com uma elevação média de apenas 1,5 metro — o que o torna a nação mais baixa do mundo com respeito ao nível do mar —, e existe uma grande preocupação de que, com a elevação das águas dos oceanos, as Maldivas sejam submergidas e os maldivos se tornem refugiados climáticos.
Na verdade, o Parque Nacional Glacier em si — localizado em Montana, na fronteira entre os EUA e o Canadá — não corre o risco de sumir da face da Terra, mas sim os glaciares que dão nome ao local. No passado, o parque chegou a abrigar centenas de glaciares, mas há cerca de 100 anos o número deles caiu para 150. Em 2005, restavam apenas 27, e a expectativa é de que todos desapareçam completamente nas próximas décadas devido às alterações climáticas.
Assim como o Parque Nacional Glacier no item anterior, o Monte Kilimanjaro não está prestes a desaparecer, mas sim uma de suas características mais marcantes: a neve que cobre seu cume. Localizado na Tanzânia, o Kilimanjaro é o ponto mais alto da África, e levantamentos revelaram que mais de 80% da neve de seu topo já derreteu — e o pouco que ainda resta deve sumir por completo nas próximas décadas.
Se as Maldivas correspondem ao país com a elevação mais baixa, quem leva o título de maior desnível negativo com respeito ao nível do mar é o Mar Morto. Apesar de ser o lago hipersalino mais profundo do mundo e um dos corpos hídricos com mais sal da Terra, desde a década de 50, o Mar Morto foi reduzido para quase a metade de seu tamanho e atualmente vem diminuindo a um ritmo de um metro por ano.
Também conhecido como “Janela Azure”, o belíssimo arco de calcário da imagem acima se encontra em Gozo, a segunda maior ilha do arquipélago de Malta. No entanto, se você quer ter o privilégio de ver essa estrutura natural de perto, é bom começar a se organizar, pois levantamentos geológicos apontaram que ela está ruindo e pode desabar completamente no período de apenas poucos anos.
Outro arco que pode desmoronar é o Pravcická brána, localizado na República Tcheca. Feita de arenito, essa formação geológica se situa no noroeste do país, e o trânsito de turistas sobre ela só foi proibido no início da década de 80. No entanto, o dano já estava feito e foi registrado que a parte superior do Pravcická brána perdeu 80 centímetros devido à erosão. O pior é que estudos recentes sugerem que, se o processo continuar, o arco pode ruir em poucas décadas.
Ko Tapu é o nome da rocha da imagem acima, com cerca de 20 metros de altura e 4 de diâmetro próximo ao nível do mar e 8 metros no topo. Ela se situa na Baía de Phang Nga, na Tailândia, e levantamentos apontaram que a formação pode entrar em colapso em breve devido à instabilidade do solo na área onde ela se encontra.
Os Doze Apóstolos são vários pilares de calcário localizados na costa do Parque Nacional de Port Campbell, na Austrália. No entanto, apesar do nome, a verdade é que restam apenas sete “apóstolos” de pé, já que as ondas do mar vão erodindo as bases das rochas, eventualmente provocando seu colapso. O ritmo de erosão atual é de aproximadamente 2 centímetros por ano, portanto, se você quiser ver algum apóstolo, é melhor se apressar.
Situado no Parque Nacional Westland, na Nova Zelândia, o glaciar Franz Josef atrai 250 mil visitantes ao ano e atualmente conta com mais de 10 quilômetros de comprimento. Contudo, apesar de ter passado por períodos de avanço e retrocesso ao longo de sua existência, essa formação seguia em expansão até 2008, quando entrou em uma fase de rápido recuo — e algumas estimativas sugerem que o glaciar pode desaparecer dentro de 100 anos.
Conhecido como “Portas do Inferno”, o incrível local da imagem acima fica no Turcomenistão e se formou após o colapso de uma caverna subterrânea repleta de gás natural. Para evitar que o material escapasse e pudesse afetar a população dos vilarejos próximos, os geólogos que descobriram essa formação decidiram atear fogo na cratera, sendo que ela está queimando há mais de 40 anos.
Entretanto, apesar de ninguém saber dizer exatamente quanto o combustível vai durar, não existem dúvidas de que um dia a reserva de gás vai terminar — e as chamas das Portas do Inferno finalmente se apagarão.
E aí, caro leitor, o que você achou da nossa seleção? Não é uma pena que esses locais mudem ou deixem de existir algum dia? Qual dos lugares acima você gostaria de visitar primeiro se tivesse a oportunidade? Aliás, você já esteve em algum deles? Não deixe de compartilhar com a gente nos comentários!