Artes/cultura
28/07/2015 às 05:23•3 min de leitura
Desde pequenos, nós somos bombardeados com informações sobre o universo, seus tamanhos, distâncias, etc. São dados como “o planeta Terra está a cerca de 400 mil quilômetros da Lua”, “o Sol tem diâmetro superior a um milhão de quilômetros” ou que “Plutão está quase seis bilhões de quilômetros do Sol”. Entre outros, somados ao tamanho “infinito” do universo muitas vezes não são nem considerados ou levados em conta pelas crianças. Recentemente, tivemos a notícia de que a sonda espacial New Horizon, após nove anos de seu lançamento, se aproximou em distância recorde de Plutão e nos enviou imagens em alta definição da superfície do planeta-anão.
Mas o quê esses números representam para nós? Alguma vez você parou pra pensar que medidas absurdas são essas? Será que em sua imaginação você imagina o Sistema Solar de uma maneira correta? Bem, o designer gráfico Josh Worth, como ele próprio descreve em seu site, tentando explicar para sua filha de 5 anos o que representaria uma viagem de férias a marte nos próximos anos, se deparou com a dificuldade em se mensurar essas distâncias em uma comparação com algo existente. Foi aí que Worth teve a ideia de mapear o sistema solar com a escala da Lua em um pixel, em um trabalho que chamou de “Um mapa do Sistema Solar com escala precisamente entediante”.
"Se a Lua fosse apenas 1 Pixel" é o título da página criada por Josh Worth
Esqueça aquelas memoráveis maquetes que fez ou viu durante o ensino fundamental. O resultado é uma página de navegação que apresenta uma viagem realmente monótona e entediante e que, certamente, vai derrubar qualquer noção do Sistema Solar que você tenha até hoje. Entretanto, a quantidade de informações, bem como o detalhamento das distâncias entre os planetas e o astro máximo do Sistema Solar, é muito interessante e esclarecedora. Aos interessados, a página pode simular, em escala reduzida, uma viagem que levaria muitas vidas para ser completada.
No site, intitulado “Se a Lua fosse apenas 1 pixel”, a tela inicial possui um fundo preto e, ao clicar na flecha direita da barra de rolagem inferior, a tela vai te levando para o ponto onde logo inicia a exploração do Sistema Solar em pixels. Como não poderia deixar de ser, o primeiro astro que aparece é o Sol, com o qual há uma explicação sobre a escala, mostrando o que seria a lua em um pixel e como ficaria o tamanho do astro. No mapeamento realizado por Josh Worth, o pixel representa o diâmetro da Lua, ou seja, precisos 3474,8 quilômetros. Para os visitantes do site terem ainda mais noção, há a informação de que essa medida também é a distância aproximada entre as cidades de Nova York e Las Vegas, nos Estados Unidos.
Um pixel representando o tamanho da lua e como seria o tamanho do sol na mesma escala
Junto com o Sol e as informações iniciais, no pé da página, há uma régua que representa a escala explicitada, para que o visitante acompanhe a distância que está “percorrendo” virtualmente. Aqui há um ponto bem interessante, pois a pessoa pode escolher a unidade que lhe couber melhor. A unidade padrão é o quilômetro, mas há as opções de milha, unidade astronômica, minutos luz, “terras”, pixels, ônibus, “baleias azuis” e “Muralhas da China”. Sim, dessa forma o visitante pode saber quantas muralhas da China precisam ser construídas para ir da Terra ao Sol ou quantas baleias azuis dariam o tamanho da distância entre a terra e marte, por exemplo.
Entre um astro e outro, percorrendo a página pela barra de rolagem, a experiência é demorada, mas apresenta várias mensagens irreverentes e informações interessantes. Logo no início, por exemplo, no ponto que representa os 30 milhões de quilômetros, há o aviso “bem vazio aqui” e logo você chega no primeiro planeta, Mercúrio, aos “58 milhões de quilômetros rodados”. Outras mensagens que aparecem são “a maior parte do espaço é apenas espaço”, “No meio do caminho para casa”, entre Vênus e a Terra, ou logo depois, “levaria cerca de sete meses para viajar esta distância em uma nave espacial (...) você precisaria de 2 mil filmes de longa metragem para ocupar tantas horas de vigília”.
Ao chegar na Terra, há o pixel que representa a Lua, mostrando o quanto nosso satélite natural está próximo do nosso planeta. Há também a informação “você está aqui”, para evitar que as pessoas “se percam” no mapa universal. No final, ao chegar em Plutão, a página esclarece: “É melhor parar por aqui. Nós precisaríamos rolar por mais 6.771 mapas como este, caso quiséssemos ver mais alguma coisa”.
O pixel da Lua e o ligeiramente maior que representa a Terra. Não se perca, você está aqui!
Para navegar no espaço em pixels, você têm três opções: escolhendo o planeta por um menu localizado na parte superior da tela; pela barra de rolagem inferior; ou pelo equivalente à velocidade da luz. Para ativar essa opção, há um ícone no canto inferior direito e, ao clicar, a página começa a navegar sozinha. Na escala correta, a velocidade da luz se mostra mais lenta do que se espera, por isso o site diz “Assim é a velocidade da luz. É a velocidade mais rápida permitida pelo Universo. Sério… se você tiver pressa para chegar em algum lugar do espaço, vai ter que se entender com o Sr. Einstein”.
Se quiser acessar a página “Se a Lua fosse apenas 1 pixel”, clique aqui e sinta como seria uma viagem pelo Espaço na velocidade da Luz.
Sonha em conhecer o Espaço além do mapa feito por Josh Worth? Descreva como seria a sua "aventura" no Fórum do Mega Curioso!