Ciência
14/01/2014 às 10:35•1 min de leitura
Depois da invenção de sorvetes e até de sushis que brilham no escuro, parece que logo vamos poder encontrar no mercado bacon e pernil bioluminescentes. De acordo com uma notícia divulgada pelo live science, uma equipe de cientistas modificou dez porquinhos geneticamente de forma que os animais fiquem visíveis em condições de pouca iluminação quando expostos à luz negra.
Mas não se preocupe, pois os porquinhos que brilham no escuro são, na verdade, o resultado de outro experimento e não estão destinados a tornar nossas refeições mais extravagantes. Segundo a publicação, os pesquisadores introduziram nos embriões dos suínos uma proteína fluorescente inofensiva presente no DNA das águas-vivas. Veja o resultado no vídeo a seguir:
Essa técnica — conhecida como transgênese — permite que os pesquisadores transfiram parte do material genético de um animal para outro e, no caso dos porcos do experimento, o fato de que possam brilhar no escuro indica que um gene que originalmente não fazia parte de seu código agora está presente em seus organismos. Em outras palavras, essa nova característica prova que a experiência com os bichinhos deu certo.
O objetivo dos pesquisadores é descobrir formas de introduzir genes de determinados animais em outros maiores, no intuito de desenvolver tratamentos mais eficientes para sanar doenças específicas. Além disso, a transgênese também pode ser aplicada na produção de medicamentos mais baratos.
Segundo o site Mashable, a indústria farmacêutica já emprega essa técnica para introduzir genes em algumas espécies de animais para estimular a produção de determinadas substâncias. Esse é o caso de cabras modificadas geneticamente que produzem leite contendo um tipo de anticoagulante, por exemplo, em um processo que resulta muito mais barato, pois dispensa o investimento de milhões na construção de fábricas para a obtenção de fármacos.