Ciência
22/04/2014 às 06:51•2 min de leitura
Sempre foi de conhecimento dos cientistas que os macacos têm uma inteligência alta que permite que eles realizem diversas atividades e assimilem o aprendizado. Os especialistas também já suspeitavam que os primatas fossem capazes de realizar a aritmética mental, e um novo estudo, publicado no periódico científico da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, está ajudando a provar isso.
De acordo com o The Verge, uma equipe de pesquisadores, liderada pela neurobióloga Margaret Livingstone, treinou três macacos rhesus para identificar símbolos que representassem os números de zero a 25. O aprendizado sobre os símbolos foi bem assimilado pelos primatas com uma precisão de cerca de 70 a 90%, dependendo de quanto tempo eles tinham sido treinados.
Depois dessa fase, a equipe ensinou aos animais como realizar adição. Para eliminar a possibilidade de aprendizagem mecânica, os pesquisadores fizeram com que os macacos aprendessem outro conjunto inteiramente diferente de símbolos que representassem os números de zero a 25. Dessa forma, os animais foram capazes de reaplicar o seu conhecimento anterior para o novo conjunto e continuar realizando a matemática básica.
Esses números foram apresentados em um painel sensível ao toque. Qualquer número que o macaco tocasse, ele iria receber uma deliciosa recompensa de exatamente essa quantia (em doses de bebida de laranja). Com o tempo, os macacos aprenderam a escolher o valor mais elevado quando se apresentava com dois números. Em seguida, eles aprenderam a somar.
Como você pode conferir na imagem acima, um dos macacos se prepara para escolher a combinação de quatro e cinco no painel. De acordo com o estudo, todos os três macacos foram, em média, capazes de escolher a resposta correta em uma taxa bem acima em 50% do tempo. O macaco da imagem, por exemplo, sabia que 4+5 era mais do que 8, e por isso escolheu a primeira opção.
Isto exclui a possibilidade do acaso e provou que não foi algo involuntário por parte dos primatas. O que também é interessante é como os macacos rotineiramente subestimavam o menor número em uma determinada equação. Isso desafia a ideia de que os cérebros de mamíferos percebem os números de forma logarítmica e pode ajudar os pesquisadores a entender melhor como os números são processados pelos seres humanos.