Estilo de vida
01/03/2013 às 06:11•3 min de leitura
Você alguma vez já se perguntou por que é que alguns puns tem o cheiro pior do que os outros? Ou se realmente é possível produzir energia — e até explosões — com os seus gases? Ou, ainda, por que é que alguns são discretos, enquanto outros são escandalosos e... reverberantes? O pessoal do mundo estranho decidiu ir a fundo nessa história e esclarecer tudo o que sempre quisemos saber sobre o pum e nunca tivemos coragem de perguntar.
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O flato é produzido a partir de uma variedade de gases presentes no ambiente que engolimos durante o dia, enquanto conversamos ou realizamos alguma refeição. Embora uma parte seja absorvida pelo nosso organismo, parte desses gases acaba passando pelo tubo digestivo e chegando ao intestino. O problema é que é no intestino que os alimentos que não são completamente digeridos no estômago vão parar, e é aí que a coisa começa a cheirar mal.
No nosso intestino existe um conjunto de bactérias — a famosa flora intestinal — responsável por ajudar a decompor os alimentos, provocando a sua fermentação. E é durante esse processo que são produzidos os gases malcheirosos que vão se acumulando até que finalmente são expelidos por causa da pressão.
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Segundo a publicação, os alimentos que normalmente produzem mais gases são aqueles ricos em carboidratos e que não são completamente decompostos no estômago. Entre eles, os mais notórios são os tubérculos, como o inhame e a batata-doce, alguns cereais, como o feijão e o grão-de-bico, os laticínios, como o leite e os queijos, e determinados legumes, como o repolho e a couve-flor. Outros alimentos famosos são os ovos, o milho e a cebola.
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Na verdade, as eructações não são puns que saíram pela boca, já que os flatos são produzidos no intestino, enquanto que os arrotos são os gases que chegaram ao estômago mas não seguiram viagem. Assim, os gases que são engolidos durante a refeição e que não são absorvidos pelo organismo ou vão para o intestino acabam sendo expulsos pela boca.
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A questão do barulho depende de uma série de fatores e, para entender melhor essa questão, é importante conhecer um pouco melhor a nossa anatomia. O pum é expelido pelo ânus, e o que nos ajuda a controlar os gases são os esfíncteres, ou seja, duas espécies de válvulas — uma interna e a outra externa — que se contraem ou relaxam permitindo a sua passagem.
Contudo, somente conseguimos controlar voluntariamente — e isso dependendo da situação! — o funcionamento do esfíncter externo, e, dependendo da quantidade de gases acumulada no final do intestino e da pressão exercida nessa região, a velocidade de expulsão será maior ou menor. E, quanto maior for a velocidade com a qual os gases escapam, maior será a sua vibração provocada pela passagem do flato pelas membranas do ânus e o escândalo!
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Nem sempre é possível soltar pum quando temos vontade, e somos obrigados a segurar os gases até que possamos nos livrar deles. Quando seguramos o flato, ele volta ao intestino, ficando lá, acumulado, até que ele seja liberado. Embora segurar o pum não provoque o risco de que você exploda ou coisa parecida, prender os gases pode provocar dores e distensões abdominais, além daquela incômoda sinfonia dentro da barriga.
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Normalmente, produzimos entre 1 e 1,5 litro de gases ao dia, que são liberados em 15 ou 20 puns diários. Todo mundo solta gases — inclusive algumas pessoas depois de falecer — e, apesar de acharmos que os rapazes soltam mais peidos do que as moças, a verdade é que todo mundo solta igual, embora as mulheres sejam mais discretas do que os homens quando se trata de liberar seus flatos.
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Os flatos produzidos no intestino, além de serem ricos em gás sulfídrico e enxofre, contêm cerca de 10% de metano em sua composição. Assim, se um dia alguém inventar uma espécie de reservatório de puns, capaz de coletar e armazenar os gases conforme são liberados, em teoria seria possível produzir energia com os peidos sim.
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Conforme explicamos acima, os puns contêm metano em sua composição, que é um gás inflamável. Portanto, na presença de fogo ele pode entrar em combustão e, se o “lança-chamas” não tiver cuidado, o pum explosivo pode provocar dolorosas queimaduras.