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08/11/2013 às 08:44•2 min de leitura
De acordo com a Reuters, uma família nepalesa que sofre com hipertricose lanuginosa congênita, também conhecida como “síndrome do lobisomem”, passou por um tratamento recentemente. Isso porque a rara doença tem como principal característica o crescimento excessivo de pelos em lugares que eles não costumam aparecer. Por isso, basta observar as imagens para notar que a família tem pelos na região da testa, do nariz e das bochechas.
Devi Budhathoki, de 38 anos, é a mãe de três crianças, Manjura (14 anos), Niraj (12 anos) e Mandira (7 anos) e todos nasceram com a doença. Nara Bahadar Budhathoki, de 65 anos, é o pai das crianças e não sofre com a síndrome. Atualmente, a família vive em um vilarejo próximo a uma montanha no norte do Nepal, a 193 quilômetros da capital do país.
Mandira tem 7 anos e sofre com a síndrome do lobisomem. Fonte da imagem: Reprodução/Reuters
De acordo com o Medscape, foram relatados apenas 50 casos de hipertricose congênita desde a Idade Média. Destes, somente 34 casos foram devidamente diagnosticados e registrados. Sabe-se também que a doença é causada por uma mutação genética.
Séculos atrás, as pessoas que sofriam com a síndrome do lobisomem eram frequentemente tratadas como aberrações e também participavam de apresentações para atrair o público durante o século 19. Mesmo vivendo no século 21, a família conta que ainda recebe olhares de reprovação devido à sua condição, principalmente as crianças, que frequentam uma escola do vilarejo.
Por esse motivo, o Hospital Dhulikhel ofereceu um tratamento a laser gratuito para a família. Infelizmente, o resultado do procedimento não é permanente e as sessões terão que ser repetidas quando os pelos voltarem a crescer. Além disso, a remoção dos pelos a laser pode gerar efeitos colaterais, como cicatrizes, dermatite e hipersensibilidade.
Fonte da imagem: Reprodução/ReutersFonte da imagem: Reprodução/ReutersFonte da imagem: Reprodução/ReutersManjura, de 14 anos, antes do tratamento para remoção dos pelos. Fonte da imagem: Reprodução/ReutersFonte da imagem: Reprodução/ReutersManjura após o tratamento. Fonte da imagem: Reprodução/Reuters