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08/04/2020 às 13:00•2 min de leitura
Em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus e o crescente número de óbitos decorrentes de complicações causadas pela covid-19, a busca por um remédio que possa curar ou mesmo auxiliar no tratamento da doença tem sido recorrente. Um dos medicamentos tem provocado certa controvérsia e foi alvo de um novo estudo: a hidroxicloroquina.
Alguns estudos preliminares apontavam a possibilidade da hidroxicloroquina, usada no tratamento de malária e lúpus, também ser eficiente no combate ao vírus durante o estágio inicial de desenvolvimento da covid-19. Até então, alguns países tinham adotado o composto como recurso emergencial para os casos mais graves.
(Fonte: Pixabay)
No entanto, um novo estudo publicado em revista médica francesa retoma a discussão acerca dos malefícios do uso da hidroxicloroquina aplicada isoladamente e mesmo quando combinada com a azitromicina (antibiótico). Além de não ter sido detectada efetiva atividade antiviral no organismo, a combinação dos compostos também estaria sendo relacionada à piora do quadro de saúde de alguns pacientes na França.
Perda de visão e mesmo o potencial risco de desenvolvimento de taquicardia já são associados ao uso dos medicamentos para o tratamento da covid-19. No Brasil, o protocolo adotado pelo ministério da saúde brasileiro tem sido o de recomendar o uso da hidroxicloroquina apenas com prescrição médica e como um último recurso até que a sua eficácia possa ser plenamente comprovada cientificamente.
(Fonte: Pixabay)
Um novo estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem relacionado os medicamentos atazanavir e ritonavir, usados no tratamento de HIV/AIDS, à redução do processo inflamatório nos pulmões e mesmo na redução da replicação viral do novo coronavírus no organismo. Os experimentos realizados em laboratório, inclusive, apontam que a eficácia tem sido melhor percebida quando em comparação com o uso da cloroquina.
De acordo com especialistas, o atazanavir poderia ser administrado em pacientes que desenvolveram problemas respiratórios em decorrência da covid-19 e poderia, desta forma, se tornar uma nova possível forma de tratamento em casos que não sejam graves. A pesquisa se mostra importante neste momento, pois além do aumento de casos no Brasil ser esperado para os próximos dias, estudos já estimam o potencial do vírus continuar se propagando pelo país até setembro.