Ciência
04/02/2016 às 11:03•1 min de leitura
Os Estados Unidos confirmaram na última terça-feira (2) que o vírus Zika se transmite sexualmente, aumentando o temor de uma propagação rápida da doença, suspeita de causar malformações no cérebro de fetos. O vírus Zika é transmitido aos seres humanos pela picada de mosquitos da espécie Aedes aegypti infectados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos.
Por causa da epidemia, os ministros da Saúde do Mercosul, mercado comum do continente sul-americano, o mais afetado pelo vírus, se reuniram ontem (3) para avaliar a situação epidemiológica em relação a doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, também responsável pela transmissão da dengue e do chikungunya.
A Cruz Vermelha apelou para que sejam feitos donativos para a luta contra a epidemia de Zika, que pode ser potencialmente perigosa para mulheres grávidas. Até agora, foram detetados casos de infeção com vírus Zika na América Latina, na África e na Ásia.
“A única maneira de impedir o vírus Zika é controlar os mosquitos ou parar completamente o seu contato com os seres humanos, acompanhando esta ação para reduzir a pobreza”, informou, em comunicado, a Cruz Vermelha. Na segunda-feira (1º), a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou a epidemia como “emergência de saúde pública de alcance global”.
Na Europa e na América do Norte, dezenas de casos foram relatados, mas as temperaturas frias impedem a sobrevivência do mosquito. O Brasil, país mais atingido pela epidemia, com 1,5 milhões de casos, segundo a OMS, desaconselhou as mulheres grávidas a viajarem para aquele país.
A OMS alertou que a epidemia do vírus Zika poderá afetar entre 3 e 4 milhões de pessoas no continente americano. O Brasil e a Colômbia são os países onde se registram mais casos de infectados e de suspeitos.