Vantagens e desvantagens de fazer várias coisas ao mesmo tempo

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Você é daquelas pessoas que precisam estar em absoluto silêncio para conseguir se concentrar ou é capaz de estudar e ouvir música ao mesmo tempo sem problemas? Caso você seja do tipo que consegue realizar duas ou mais coisas simultaneamente, já deve ter ouvido que quem faz isso geralmente não consegue concluir nenhuma delas direito.

A questão é que, hoje em dia, estar concentrado em mais de uma coisa parece estar se tornando uma forte tendência, especialmente entre os mais jovens. E, de acordo com Daniel Willingham, um preeminente psicólogo norte-americano, existem vários estudos que avaliam as vantagens e desvantagens em se conseguir realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo.

Multitarefas

Segundo Willingham, não existe nenhuma evidência de que estar envolvido em mais de uma coisa — como deixar a TV ligada enquanto você estuda, por exemplo — faz com que o desempenho durante essas atividades seja melhor. Aliás, alguns estudos inclusive revelaram que estudantes acostumados a realizar diversas atividades ao mesmo tempo não se saem muito bem em tarefas acadêmicas que requerem muita atenção em mais de uma coisa.

Uma possível explicação para essa falta de concentração é que essas pessoas tendem a distribuir sua atenção em várias coisas, tendo problemas quando precisam focar em apenas uma. Por outro lado, embora não seja muito eficiente, especialmente quando você precisa realizar atividades conflitivas, essa mesma tendência pode fazer com que você fique mais antenado no que está ocorrendo ao seu redor, aumentando a sua capacidade multissensorial.

Portanto, de acordo com Willingham, indivíduos acostumados a dispensar a atenção em várias atividades ao mesmo tempo podem contar com a vantagem de ter mais facilidade em perceber sinais inesperados — como o recebimento de uma mensagem em um ambiente de trabalho barulhento ou o ruído de sirenes enquanto estão dirigindo, por exemplo —, do que aqueles que só conseguem focar a sua atenção em uma única atividade.

Fontes: Daniel Willingham e Universidade de Hong Kong