Artes/cultura
02/05/2013 às 07:21•4 min de leitura
Você já parou para pensar que todos nós fazemos uma série de coisinhas mundanas das quais nem nos damos conta? Essas ações parecem não ter a menor importância, afinal para que é que choramos, rimos, ficamos vermelhos de vergonha ou assumimos riscos todos os dias? O pessoal do site Life’s Little Mysteries publicou uma interessante lista com essas coisas estranhas que os humanos fazem diariamente e suas possíveis explicações. Confira:
Fonte da imagem: shutterstock
Por que será que emoções fortes — sejam elas de alegria ou tristeza — fazem com que os nossos olhos se encham de água e transbordem? De todas as espécies, parece que só os humanos expressam emoções através das lágrimas, e os cientistas acreditam que, além de servir para comunicar nossos sentimentos, elas também nos ajudam a eliminar o excesso de hormônios e outras substâncias produzidas pelo corpo durante períodos de estresse.
Fonte da imagem: shutterstock
Os soluços são espasmos involuntários do diafragma — membrana muscular envolvida na respiração humana — que, apesar de irritantes, não têm qualquer utilidade fisiológica. Eles são normalmente desencadeados pela irritação muscular resultante do excesso (ou falta) de comida no estômago. E justamente por ser uma ação sem finalidade alguma para o nosso organismo, uma das hipóteses é que ele seja um remanescente do primitivo reflexo de sugar.
Fonte da imagem: shutterstock
Sabe quando você passa por uma situação embaraçosa e fica com as bochechas ardendo de vergonha? Bem, isso não ocorre só com você, e ficar corado é uma reação humana universal que ocorre em resposta à atenção social. Assim, ela ocorre devido à dilatação de pequenos vasos e veias do rosto, provocando um aumento do fluxo sanguíneo que torna as faces mais rosadas.
No entanto, os pesquisadores não sabem explicar por que é que, quando recebemos um elogio, encontramos alguém importante ou ficamos expostos socialmente, sofremos essa reação tão curiosa.
Fonte da imagem: shutterstock
Esse agradável espasmo incontrolável que toma conta de nossos corpos quando vemos ou ouvimos algo engraçado é uma ação que os pesquisadores tentam entender há tempos. Uma das hipóteses é que o “rir” seja uma evolução de ofegar: quando os nossos ancestrais pré-humanos se entregavam a brincadeiras que envolviam lutas, eles ficavam muito ofegantes, e os pesquisadores acreditam que as risadas tenham surgido dessas interações divertidas.
Hoje em dia, os psicólogos acreditam que o riso seja uma resposta comportamental que serve para transmitir aos demais emoções positivas que, por sua vez, reduzem o estresse e contribuem para a coesão entre os integrantes de um determinado grupo.
Fonte da imagem: pixabay
Eis outra ação que os humanos realizam todos os dias e com muita frequência! Cada piscadela dura cerca de um décimo de segundo e serve para lubrificar os olhos e limpar partículas de poeira. Mas você já percebeu, no entanto, que não percebemos que o mundo “desaparece” momentaneamente quando piscamos, o que ocorre uma vez a cada 2 e 10 segundos?
Isso ocorre porque o nosso cérebro aprendeu a ignorar esses pequenos “blackouts”, e apesar de as piscadas suprimirem a atividade de diversas áreas cerebrais responsáveis por detectar mudanças no ambiente momentaneamente, ainda assim vemos o mundo de forma contínua.
Fonte da imagem: pixabay
Você já se perguntou como os olhos conseguem enxergar o mundo em três dimensões em vez de apenas duas? Na verdade, tudo não passa de um truque da nossa mente, chamado disparidade binocular. O cérebro processa a ligeira diferença entre as imagens capturadas pelo olho direito e esquerdo, utilizando ambas as imagens para reconstruir a profundidade de uma determinada cena.
Para enxergar mais de perto, o cérebro registra o ângulo de convergência de nossos olhos — que se movem para poder focar corretamente — para decidir a distância que nos encontramos dos objetos. Já para visualizarmos o ambiente enquanto nos movemos, o nosso cérebro processa a diferença entre a velocidade com a qual objetos mais próximos e mais distantes parecem estar se movendo quando passamos por eles.
Fonte da imagem: shutterstock
Também conhecida como parestesia, esta estranha — e desagradável — resposta ocorre quando aplicamos muito peso ou pressão sobre determinado nervo, inibindo temporariamente a sua função. E, quando o nervo em questão volta gradualmente à atividade normal, o nosso cérebro interpreta essa ação através do formigamento.
Fonte da imagem: pixabay
É bastante comum lermos sobre pessoas que se dedicam a atividades extremas ou esportes radicais que sofreram acidentes graves e até perderam a vida devido a suas paixões pelo perigo. Então, se temos consciência sobre os riscos, por que é que nos expomos a eles? Segundo os cientistas, isso se deve à nossa necessidade de impressionar parceiros em potencial.
Conforme explicaram, os homens enfrentam mais competição do que as mulheres nessa área, sendo obrigados a expor sua virilidade e força física através de atividades arriscadas. Isso explicaria por que é que os rapazes tendem a se envolver nessas ações quando se encontram em grupo e, apesar de as mulheres serem menos propensas a correr riscos, até elas sentem a necessidade de impressionar seus pretendentes de vez em quando.
Fonte da imagem: shutterstock
Tudo bem que esta não se trata de uma ação que realizamos todos os dias, mas não podemos negar que ela “chega” diariamente para muita gente. E por quê? Basicamente, morremos porque as nossas células morrem, e embora se renovem constantemente no decorrer de nossas vidas, elas não conseguem fazer isso indefinidamente.
No interior de nossas células, nas extremidades dos nossos cromossomos, estão os telômeros, que são estruturas que contêm informações genéticas e que vão se encurtando cada vez que ocorre a divisão celular. Eventualmente, essas estruturas se tornam tão curtas que as informações presentes nelas acabam se perdendo, e elas não podem mais ser divididas. Por sorte — ou não — muitos cientistas têm se dedicado a encontrar formas de prolongar as nossas vidas!