Ciência
18/11/2018 às 04:01•3 min de leitura
Caso ninguém nunca tenha dito isso antes: você é um ser humano, uma pessoa, um animal inteligente capaz de pensar, de se emocionar e de publicar fotos no Instagram. É isso o que você é. Você mente, de vez em quando, e diz que ama aquele livro do Dostoiévski; você anda pela rua pensando no que precisa fazer e, de repente, percebe que está falando sozinho; você programa a soneca do celular para garantir mais 5 minutos de sono e acaba perdendo a hora todos os dias. É isso.
Você é um ser humano, mas de vez em quando você sente vergonha de ser um ser humano, já reparou? De vez em quando você se reprime quando percebe que está fazendo alguma coisa que qualquer pessoa do mundo faz também. E a ciência está de olho nisso. Portanto, pare de paranoias e entenda por que você faz algumas coisas que considera vergonhosas:
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Quem nunca? Você faz algo sem sentido e, sem nem reparar, está xingando a si mesmo – e em voz alta. Se alguém está ao seu lado, você começa a se sentir um verdadeiro maluco e a pessoa que ouviu você falando pode até achar graça, mas ela faz isso também.
Da próxima vez que você se sentir mal por ser flagrado falando sozinho, diga ao estranho que estiver perto de você que a Ciência provou que pessoas que falam sozinhas têm melhores desempenhos escolares. É lógico que a pessoa pode achar que você é ainda mais maluco, mas a informação é verdadeira. Falar sozinho significa que a pessoa é focada e alerta.
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Seus amigos podem começar a achar chato quando você começa a contar a mesma história, mas eles não sabem que a Ciência já provou que é muito fácil lembrar que se contou uma história e muito mais difícil lembrar para quem a história foi contada. Sem paranoia, então, por favor. Às vezes você nem é repetitivo; só esquece para quem contou a fofoca do dia.
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Convenhamos, deixar seu smartphone cair nem deveria ser considerado constrangedor, não é mesmo? Em tempos nos quais todo mundo está o tempo todo com um celular em mãos, a probabilidade de ver alguém derrubando seu brinquedinho é sempre bem grande.
O que parece ser mais constrangedor é derrubar um celular na privada, mas pesquisas indicam que uma em cada cinco pessoas já derrubou seu celular no local menos bacana de todos. Nessa altura do campeonato precisamos retomar a ideia de que as pessoas usam seus celulares em todos os momentos – mesmo – e é isso, e apenas isso, o que faz com que muitos aparelhos se percam dessa forma tão cruel. Chega de vergonha. Acontece.
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“Eu vi aquele filme, eu conheço aquela banda”. A questão aqui é que todos nós temos a necessidade de parecermos espertinhos de vez em quando e, para isso, às vezes acabamos apelando para a mentirinha. Um dos filmes mais vistos – só que não, se é que você entende – é a trilogia “O Poderoso Chefão”, que muita gente ama, comenta e recomenda. Sem nem saber qual é o roteiro.
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Você segue confiante em direção à porta da loja de conveniência daquele posto perto da sua casa e empurra a porta que só funciona quando puxada. É lógico que você pensa em sumir e, de vez em quando, até finge que atendeu o celular e começa a forjar uma conversa para passar despercebido. Fique tranquilo, isso é um problema que afeta a todos.
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“Na madrugada vitrola rolando um blues, trocando de biquíni sem parar” ou ainda “amarelo deserto e seus temores” são grandes clássicos errados na cabeça e no gogó de muita gente. O fato é que, quando conversamos com alguém, entendemos o que essa pessoa diz graças aos movimentos que ela faz com os lábios e, claro, ao som que isso produz.
Na música, perdemos esse contato visual e, se entendemos errado, acabamos guardando a letra daquela maneira, até porque é mais fácil se lembrar de algo musicalizado do que simplesmente falado. Então, fique tranquilo, você não é o único.
*Publicado originalmente em 10/12/2013.
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