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21/07/2014 às 11:42•7 min de leitura
Você é daqueles que deixam tudo para depois? Adora beliscar os petiscos mais calóricos? Não se contém quando o nervosismo bate e rói todas as unhas? Pois saiba que você não está sozinho, e todos esses hábitos fazem parte da vida de muita gente.
Eles podem ser inofensivos em certos casos, mas quando se tornam constantes demais, é preciso rever o quanto prejudicam a sua vida. Vale alertar que os maus hábitos não são vícios, como fumar ou usar drogas, mas podem causar impactos negativos tanto na área profissional quanto na pessoal.
Muitas vezes, esses comportamentos começam como mecanismos para enfrentar certos tipos de situações, reduzindo o estresse, relaxando e, geralmente, fazendo a pessoa se sentir melhor. No geral, não são práticas perigosas, apenas ruins em alguns aspectos da vida de uma pessoa e um pouco irritantes para quem convive com ela.
Bem, não é tão fácil mesmo, pois muitos dos hábitos que veremos a seguir nos dão aquela sensação de bem-estar imediata. Isso porque eles podem desencadear a liberação de dopamina, uma substância química que faz parte do sistema de recompensa do cérebro.
Dessa forma, você ganha o sinal positivo do seu cérebro para a realização dessas atividades, o que lhe obriga a continuar. Além disso, um estudo revelou que os hábitos formam caminhos neurais familiares em seu cérebro. Se um comportamento é rotina, isso libera o seu cérebro para se concentrar em outras coisas.
Isso é ótimo se você alcançou uma boa prática de estudo todas as noites, por exemplo, mas pode ser uma má notícia se você está mandando para dentro um litro de sorvete na frente da TV todos os dias. Confira abaixo sete dos hábitos que podem estar prejudicando a sua rotina e veja algumas dicas para tentar abandoná-los. E falando em sorvete...
Se você faz parte da geração saúde e petiscar (ou “beliscar”) para você significa comer uma fruta, um punhadinho de castanhas ou um iogurtinho saudável, ótimo! Mas, infelizmente, não é o que a maioria das pessoas pensa quando lhe vem a ideia de petisco. Quando bate aquela fominha fora de hora, geralmente pensamos (e procuramos) coisas calóricas automaticamente.
Mas, por que isso acontece? E por que o nosso desejo nessas horas é por opções com alto teor de gordura, açúcar e calorias e que geralmente fazem mal à nossa saúde e podem nos fazer engordar? A resposta é simples: é o nosso cérebro que manda, porque esses alimentos nos deixam felizes momentaneamente.
Os alimentos ricos em gordura e carboidratos melhoram o nosso humor através da produção de neurotransmissores como a serotonina e a anandamida. Lá nos tempos das cavernas, quando comer se resumia apenas a sobreviver, fazia mais sentido para o seu cérebro recompensá-lo para procurar mais alimentos ricos em calorias.
Estas substâncias trabalham com outras, assim como as drogas opiáceas fazem, aliviando o estreses e até mesmo a dor física em alguns casos. Mas estes são efeitos passageiros. Já os negativos, como se sentir mais lento, estufado e culpado, ou até mesmo pesado, não valem a pena.
Petiscar é um dos hábitos mais prejudiciais para quem está querendo emagrecer. Para aqueles momentos em que você realmente sentir fome entre as refeições, a solução é ter por perto alimentos saudáveis e nutritivos que irão lhe satisfazer, como pequenas porções de castanhas (ou nozes e amêndoas), frutas, biscoito integral etc.
Se a ansiedade não passar, procure outras maneiras de se sentir melhor, como sair para uma caminhada, conversar com um amigo, praticar um esporte ou assistir a um bom filme. Ok, um punhado de pipoca para acompanhar a sessão cinema pode, mas se preparada sem óleo e com pouco sal.
Ao primeiro sinal de problema ou de exaltação, você não resiste a roer as suas unhas até elas quase ficarem na carne? Se as unhas de suas mãos vivem “carcomidas”, feiosas e você fica até com os cantinhos doloridos, é hora de rever esse hábito e mandá-lo para bem longe.
Roer as unhas é um hábito associado com a ansiedade e o estresse. Curiosamente, a quinta edição do Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos Mentais (da Associação Psiquiátrica Americana) classifica roer as unhas como um distúrbio de comportamento repetitivo focado no corpo, relacionando-o como comportamento característico do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Uma grande diferença é que a maioria das pessoas com TOC quer parar suas práticas compulsivas porque não obtém qualquer prazer com essa ou outras ações como alinhar os seus sapatos ou lavar as mãos obsessivamente. Já os “roedores de unha”, por outro lado, costumam achar prazeroso esse hábito para aliviar a tensão.
Uma maneira de parar é manter as unhas bem aparadinhas e cuidadas. Dessa forma, você não vai querer estragá-las. Algumas pessoas aplicam algum produto amargo ou até mesmo enrolam um curativo no dedo para impedir de roer. Confira mais sobre unhas (e problemas como esses) nesse outro link.
O lema do procrastinador profissional é: “Deixe para amanhã o que você pode fazer hoje” ou “Porque fazer hoje o que você pode deixar para amanhã?”. Muita gente tem tempo de sobra para fazer as suas tarefas com tranquilidade, mas só as executam quando o prazo está estourando.
E isso é um hábito que pode dominar a vida inteira de uma pessoa, tanto na área profissional quanto na pessoal, podendo se tornar bastante prejudicial em alguns casos. Os procrastinadores se “sabotam” a fim de evitar fazer algo que eles não querem.
O procrastinador de carteirinha também é conhecido por adiar as horas necessárias de estudo para uma prova (deixando para estudar minutos antes do teste), pagar contas depois do vencimento e comprar presentes no caminho para a festa. O resultado dessas ações são notas baixas, dinheiro desperdiçado, falta de comprometimento e atrasos intermináveis em qualquer tipo de compromisso.
É difícil entender a motivação por trás da procrastinação, mas aqui estão algumas razões comuns: medo do fracasso ou mesmo do sucesso, medo de tomar uma má decisão, busca de uma adrenalina movida a pressão, rebelião contra pais controladores ou outras figuras de autoridade.
Por isso, se procrastinar é um problema comum na sua vida, se esforce para ser mais proativo. Como? Estabeleça metas claras, com recompensas, se necessário, e imagine como você vai se sentir bem quando finalmente completar um projeto com tempo de sobra. Quer experimentar? Então faça isso agora.
Quando um personagem começa a xingar e a falar palavrões na TV ou em um filme, ele pode ser muito engraçado. Mas, em muitos casos, não é nada divertido na vida real, principalmente em ambiente profissional ou familiar.
O ato de xingar ou falar palavras de baixo calão é um hábito que pode denotar vulgaridade, falta de educação e de profissionalismo. Além disso, muitos pesquisadores (e recrutadores) veem o xingamento como falta de autocontrole, mostrando que certa pessoa é incapaz de se expressar corretamente.
No lado positivo, já vimos que desabafar um monte de palavrões é capaz de acalmar e aliviar as emoções sem ferir ninguém, como demonstrou esse estudo. A pesquisa ainda sugeriu que xingar pode diminuir a dor em certas situações. No entanto, os pesquisadores alertam que esse comportamento perde o seu efeito de alívio quando feito em excesso.
Portanto, se o seu time perdeu, se o juiz foi mesmo ladrão, se você deu aquela topada com o dedinho na quina do móvel, se você não passou no vestibular por dois pontos, se outras coisas lhe fazem querer botar a boca no trombone, você pode até xingar rapidinho para aliviar, mas não estenda esse comportamento por muito tempo, principalmente se você estiver com muitas pessoas em sua volta, como os seus pais, os seus professores ou os seus chefes.
Você está sempre atrasado para tudo? Se você ainda estuda, se atrasar significa algumas notificações ou até mesmo suspensão em casos extremos. Já se você trabalha, é possível que não haja muitas chances e você pode ser demitido por esse comportamento se os atrasos acontecem com muita frequência.
Mesmo se não chegar a esse ponto, se atrasar constantemente faz você parecer desorganizado e pouco profissional. Na vida pessoal, seus amigos e familiares podem ficar chateados (e irritados) se você é sempre o último a chegar para uma reunião ou se você perder grandes momentos da formatura ou de um casamento de um parente, por exemplo.
O atraso pode decorrer de uma falta de automotivação ou de uma vida muito cheia de compromissos. Além disso, algumas pessoas realmente obtêm uma adrenalina alta em deixar os outros esperando. Cruel, não é?
Já outros são apenas excessivamente otimistas sobre quanto tempo é realmente necessário para ir do ponto A ao ponto B. Mas você pode se tornar mais pontual se fizer um esforço. Em primeiro lugar, deixar de confiar no seu relógio interno.
Por exemplo, o tempo para você chegar ao trabalho deve incluir o trânsito na hora do rush, os minutos caminhando do ponto de ônibus ao serviço ou os minutos estacionando o carro, além de outras possíveis interrupções no trajeto. Se você é uma pessoa muito ocupada ou facilmente se esquece de outros compromissos, agende lembretes em seu smartphone ou notebook.
Muita gente pode até negar, mas adora uma fofoca. Pode-se dizer que fofocar é um hábito milenar: Cleópatra e Marco Antônio já caíam na boca do povo com seu romance na época do reino egípcio, da mesma forma como o próprio Jesus Cristo foi alvo de fofoca por duvidarem de seus feitos.
A fofoca é algo tão difundido na cultura dos povos que existem centenas de sites na internet, revistas e programas de TV dedicados somente a esse assunto. A vida dos ricos e famosos nunca foi tão observada e comentada. Mas nós, pessoas comuns, geralmente não gostamos de ter nossas manias e peculiaridades como o tema da conversa na sala de descanso do escritório ou nas rodinhas de colegas.
Por outro lado, pouca gente resiste a disseminar uma informação “quente” que acabou de saber. É uma maneira de se conectar com outras pessoas e, para muitos, é até uma forma de ser mais popular em uma turma. Há quem diga que a fofoca pode até elevar a autoestima de quem passa uma notícia adiante.
Porém, a “bisbilhotice” pode até parecer uma maneira inofensiva para passar o tempo, mas tem repercussões negativas bastante significativas. No local de trabalho, a fofoca pode ser um grande problema, pois pode diminuir a moral, reduzir a produtividade e aumentar as substituições. No ambiente familiar, uma fofoca pode separar pessoas, causar mágoas e ressentimentos.
Se você está preocupado por ser um fofoqueiro de plantão, preste atenção a seus temas de conversas. Você está contando histórias positivas ou negativas sobre os outros? Se está difícil parar de fofocar (por ser quase irresistível, às vezes), tente se colocar no lugar do alvo da conversa. Como você se sentiria se todo mundo estivesse falando mal de você?
Você vai assistir TV com o celular em uma mão e o tablet na outra, olhando para todos os tipos de telas de uma só vez? Talvez tanta tecnologia nos cercando seja ao mesmo tempo o bem e o mal do século. Se divertir, se conectar com as pessoas e se informar são ações importantes, mas talvez estejamos exagerando na dose.
A maioria de nós já precisa usar computadores no trabalho, de modo que ficamos na frente de uma tela por pelo menos 40 horas por semana para garantir o dinheirinho no final do mês. Mas o que dizer de um programa de TV ou passar horas no Facebook apenas por que eles estão ali? Como isso afeta você?
Os cientistas descobriram que tempo demais de olho nas telas pode causar fadiga ocular e visão turva. Estes sintomas não são permanentes, mas eles são desagradáveis. A pesquisa também indica que o tempo de tela excessivo pode realmente prejudicar o seu cérebro, danificando o lobo frontal.
Embora assistir à TV ou navegar na internet possa ter seus benefícios, não deixe de passar a maior parte de seu tempo livre fazendo outras coisas, como se divertir com a família e amigos, passear no parque em um dia de sol, ir à praia (sem o smartphone), praticar um esporte, ler um livro (de papel), namorar ao vivo (sem mensagens no celular), organizar seu quarto etc. Você vai ver como os seus dias vão ser mais produtivos e você ficará menos ansioso.