Estilo de vida
18/12/2014 às 06:47•1 min de leitura
Você, que é homem, curte uma pimentinha? Tem pessoas que adicionam esse tempero nos mais diversos pratos, mas de forma bem caprichada, daquele jeito que a boca fica ardendo mesmo. Essa preferência por comidas picantes também se estende para muitas mulheres.
No entanto, no público masculino, foi encontrada uma relação do tempero com as taxas de testosterona. De acordo com um estudo divulgado no Quartz, os homens que apreciam comida apimentada têm níveis mais altos de testosterona do que aqueles que preferem opções mais suaves.
A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade de Grenoble, na França, que encontraram uma correlação entre a preferência pela pimenta com o hormônio masculino. A testosterona em taxas mais elevadas está ligada a características que definem o típico macho “alfa”, como agressividade, imprudência e uma grande energia sexual.
Mais do que isso, os níveis mais altos do hormônio também mostram uma relação com a capacidade maior dos indivíduos em assumir riscos financeiros e comportamentais, além de os tornarem ainda mais dominantes e competitivos, conforme contou o coautor do estudo, Laurent Begue, ao The Telegraph.
Para chegar à conclusão final, o estudo reuniu 114 homens com idades entre 18 e 44 anos, que foram questionados a indicar a sua preferência ou não por comida picante. Depois disso, os voluntários foram servidos com uma porção de purê de batatas e foram autorizados a utilizar o tanto de molho picante e sal que eles quisessem antes de avaliar a refeição.
Após esse processo, as amostras de saliva dos participantes foram analisadas, e os cientistas verificaram que os homens que espontaneamente consumiram mais molho de pimenta tinham níveis mais elevados de testosterona. No entanto, não havia nenhuma ligação entre o hormônio e a quantidade de sal consumida.
Laurent Begue acrescentou que estudos em ratos já haviam mostrado também que o consumo regular da capsaicina, a substância presente na pimenta, elevava os níveis de testosterona nos animais. Porém, uma pesquisa semelhante ainda não havia sido feita com humanos até agora, e agora se pôde comprovar que os resultados são semelhantes.