Artes/cultura
15/03/2016 às 05:14•3 min de leitura
Tem coisa mais encantadora e assustadora do que se apaixonar perdidamente por alguém? Provavelmente, sim, mas o assunto de hoje é bem isso mesmo que você está pensando: paixão, amor, borboletas no estômago, coração acelerado e músicas românticas. Repare que falamos em alguns efeitos físicos da paixão, e você deve mesmo já ter percebido que seu corpo reage quando você começa a sentir algo a mais por aquela pessoa. Descubra a seguir que reações são essas:
Tudo culpa da dopamina, a substância que é conhecida por nos dar a sensação de prazer. Ela está a todo vapor no cérebro de viciados em drogas ou jogos e, óbvio, na cabecinha dos apaixonados também. Quando uma pessoa é especial para você e você começa a prestar mais atenção nela, pode saber: significa que a dona dopamina entrou em ação. A duração dos efeitos causados por ela? Pode variar, e, se a paixão for recíproca, a dopamina é uma das responsáveis por relacionamentos longos.
Pois bem: oxitocina é o hormônio do amor. É ele que faz com que os casais fiquem mais íntimos e juntinhos. Quando abraçamos, beijamos e fazemos carinho, a oxitocina, essa linda, entra rapidamente em ação. Essa substância mágica é produzida também em mulheres que se tornaram mães, estimulando a produção do leite materno e estreitando os laços entre elas e seus bebês.
Esse não é um hormônio puramente masculino, gente – é verdade, no entanto, que os rapazes têm mais dessa substância. Fazer sexo também é uma forma de dar uma acordada na testosterona, o que faz com que o desejo sexual aumente entre os parceiros. Um dos motivos pelos quais gostamos tanto de beijar é justamente porque, através da saliva, “roubamos” a testosterona do outro.
Não que isso seja alguma novidade, a questão aqui é descobrir por que é que você sente o coração subindo pela garganta quando aquela criatura se aproxima. A culpada aqui é uma substância que atende pelo nome de norepinefrina, que nada mais é do que um hormônio de stress que aumenta sua frequência cardíaca, enche seu estômago de borboletas, faz suas mãos suarem, deixa sua boca seca e, basicamente, faz com que você realmente entenda que não tem jeito: é paixão mesmo.
Ou MHC, da sigla em inglês, para os íntimos. A função dele é basicamente defender nossas células de invasores malignos, e a liberação do MHC ocorre principalmente por meio do suor, da saliva e do cheiro natural do nosso corpo. Existem tipos diferentes de MHC, e acredita-se que tendemos a escolher parceiros com o MHC mais diferente do nosso.
Ainda não é cientificamente comprovado, mas acredita-se que os mensageiros químicos chamados feromônios trabalham a todo vapor para que a atração sexual aconteça. Isso tudo seria aguçado principalmente pelo olfato, e se você é do tipo que gosta do cheirinho da pessoa amada – não do perfume que ela usa, mas o cheiro natural dela –, saiba que possivelmente tem feromônio no meio disso aí.
Olha só que bizarro: um estudo realizado pela Universidade de Delaware revelou que sentir ciúme afeta nossa capacidade visual. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores disseram a um grupo de mulheres que elas deveriam buscar por um alvo em uma série de imagens.
Enquanto isso, elas foram informadas de que seus maridos estavam fazendo um teste que envolvia dizer quais mulheres de uma determinada série de fotos eram as mais bonitas. Adivinha só? As ciumentas não conseguiram cumprir a tarefa de encontrar o alvo e relataram que suas visões estavam distorcidas e duplicadas.
Você está morrendo de vontade de abraçar e beijar aquela pessoa e, quando ela passa do seu lado, o que você faz? Isso mesmo: desvia o olhar. Essa dificuldade de encarar o ser desejado é um mecanismo do seu corpo que quer proteger você, que possivelmente ficou com o rosto vermelho também.
A questão aqui é que a paixão dilata suas pupilas, um fenômeno que nesse contexto está diretamente ligado àquilo que você sente, e seu cérebro vai querer saber ainda mais a respeito da criatura que provocou essa dilatação toda, o que também faz com que você sinta desejos sexuais por ela. Resumindo: todo seu corpo conspira para que você fique nesse limbo emocional que é estar apaixonado. Se for recíproco, aproveite. Se não for, espere um pouquinho que logo passa. Adele está aí para isso.
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