Artes/cultura
21/01/2018 às 05:00•4 min de leitura
Por mais garra e força de vontade que você tenha, é preciso saber que esses dois fatores são limitados, e se você se obriga a tomar muitas decisões ao mesmo tempo, acaba cada vez menos satisfeito com as próprias escolhas e, por consequência, menos feliz.
É verdade que somos absolutamente ocupados com os afazeres cotidianos, mas é preciso estabelecer uma relação de prioridade, para que não tenhamos muitos problemas de grande intensidade para lidar ao longo do dia. Só o fato de organizar o que precisa ser feito já garante que você se sinta melhor.
Uma vez que você já tenha tomado as decisões necessárias, pode deixar que outra pessoa decida o local do happy hour da turma do trabalho ou, inclusive, o sabor da pizza que você e a galera vão pedir. Pode parecer bobagem, mas decidir tudo é algo que causa estafa mental.
Você não aguenta!
Ok, de vez em quando a gente quer mesmo é bater a cabeça contra a parede, especialmente depois de fazer algo muito errado. O que não pode é cobrar muito de você mesmo – quanto mais você se cobra e se xinga, mais chances tem de cometer mais erros. Estudos feitos recentemente comprovaram que ter compaixão de si mesmo e perdoar os próprios erros são atitudes que melhoram nossa autoestima e diminuem sintomas de depressão, inclusive, promovendo uma saúde melhor e mais satisfação pessoal.
A questão é basicamente assumir a responsabilidade pelo que se fez, mas sem ficar obcecado com isso. Dê a você mesmo um tempinho para surtar, mas depois se lembre que você é um ser humano capaz de cometer erros de vez em quando, assim como todas as pessoas no planeta.
Não precisa!
É fato: estamos o tempo todo com o celular em mãos, checando mensagens, emails, redes sociais, notificações e, de vez em quando, atendendo a alguma ligação – sim, ainda tem gente que liga. O problema é que essa constante vigilância telefônica está diretamente ligada ao aumento da ansiedade e da depressão.
No caso específico de adolescentes, sabe-se que a checagem constante de redes sociais pelo celular está diretamente relacionada ao aumento de estresse, à agressividade, à depressão e à distração. O negócio é encontrar uma maneira mais saudável de gastar o seu tempo.
Maldito celular!
Quando algo na sua vida não vai muito bem, é até normal que você busque algum culpado além de você mesmo, mas isso é uma grande cilada. É cientificamente comprovado que culpar os outros pelo que acontece de errado em nossas vidas só nos faz mais mal – por outro lado, é comprovado também que assumir responsabilidades e o controle pela própria vida é algo que nos deixa felizes e satisfeitos, o que, veja só que bom, aumenta nossa produtividade em termos de trabalho e estudos. Coisas ruins simplesmente acontecem e nem sempre há algum culpado por isso. Vida que segue.
Pare de apontar o dedo para os outros!
Ruminar sentimentos e pensamentos é uma das chaves desencadeadoras de depressão, sabia? Ou seja: mergulhar naquilo que nos deixa mal só nos faz mais mal ainda. Analisar a própria vida é bom e saudável, mas ficar repensando tudo a todo o momento não é legal, até porque, quando ficamos com algo martelando em nossas cabeças, geralmente o foco é alguma situação negativa.
Da próxima vez que você perceber que está mergulhando demais em sua introspecção, pense se isso tem feito você resolver seus problemas. Se não, já sabe a resposta: de nada está adiantando, e o jeito é desapegar.
Não resolve.
Durante um dia difícil, é comum e compreensível que nosso maior desejo seja o de ficar melhor. Por mais paradoxal que seja, a verdade é que buscar a felicidade incansavelmente é algo que nos deixa mais infelizes. É normal da natureza humana que, quanto mais valorizarmos a felicidade, menos felizes fiquemos.
A solução? Manter o foco em tarefas agradáveis e satisfatórias, que, na verdade, nos agradam no tempo presente e nos fazem ter a sensação legítima de bem-estar. Ficar imaginando metas inalcançáveis, como aquela ideia de “eu seria feliz mesmo se ganhasse na loteria” só nos deixa mais depressivos.
Vixe! Também não funciona.
Vida adulta às vezes é um porre: você tem contas para pagar, trabalhos para fazer, prazos a cumprir, família para administrar, casa para organizar e, no meio de tudo isso, acaba passando horas sem se alimentar direito. É muito comum, inclusive, que pessoas acabem pulando a hora do almoço para dar conta de tantos afazeres e, bem, um corpo sem combustível não é um corpo com energia para tudo isso.
Nossa alimentação está diretamente relacionada com nosso humor e, quando nos alimentamos, o estômago “conversa” com o cérebro, de modo que o órgão pensante possa produzir hormônios de satisfação e bem-estar. Ou seja... Comer bem é fundamental, assim como é fundamental não pular refeições.
Outro fator importante é tentar não manter uma vida sedentária, afinal o corpo humano foi programado para se movimentar. Passar horas sentado no trabalho ou estudando, não se alimentar direito e depois se jogar no sofá quando chega em casa é uma péssima combinação. Mexer o corpo é algo que reduz os níveis de depressão e ansiedade, então tente encontrar uma forma prazerosa de praticar atividades físicas.
Coma bem. Por você.
Se você é do tipo que, ao deitar a cabeça no travesseiro, fica ruminando seus problemas e pensando em como resolvê-los, temos uma má notícia: esse é um dos piores negócios que você poderia fazer em termos de buscar uma vida saudável.
Dormir mal e por pouco tempo é algo que está diretamente relacionado a um péssimo dia seguinte, incluindo aumento de preocupações, mau humor, instabilidade emocional e, em longo prazo, obesidade, diabetes, doenças cardíacas e até mesmo morte prematura.
O segredo aqui é não levar a tecnologia para a cama. Faça do seu quarto um lugar aconchegante e escuro e só vá para a cama quando já estiver com sono. Se mesmo assim você tiver dificuldades para dormir, e se isso for um problema constante em sua vida, não deixe de procurar ajuda médica e terapêutica.
Dormir bem é fundamental!
Agora nos conte: quais dos seus hábitos são capazes de arruinar o seu dia? Você acha que consegue mudá-los?
*Publicado em 4/7/2016