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30/11/2015 às 05:09•2 min de leitura
O açúcar é um elemento traiçoeiro capaz de causar uma dúvida cruel quando nos deparamos com algo feito com ele: “Ah, isso é tão gostoso... Mas engorda. Comer ou não comer?”. Não adianta, você come uma daquelas refeições saudáveis no domingo, repete na segunda, na terça já mal consegue comer e, na quarta, certamente não consegue mais nem ouvir falar do prato. Agora, aquela sobremesa maravilhosa que você come no domingo, se tiver a oportunidade, vai comê-la até o próximo final de semana, todos os dias. Mas por que isso acontece?
Aqui no Mega Curioso, nós já publicamos uma matéria com algumas coisas que você ainda não sabe sobre o açúcar, e que vale a pena dar uma olhada. Também sobre o assunto, o pessoal do canal do YouTube TED-Ed produziu uma animação em que mostra como o açúcar age sobre o nosso cérebro e por que ele causa determinados efeitos.
A verdade é que, se for consumido de maneira descontrolada, o açúcar pode agir como uma verdadeira droga para o nosso organismo. Ele ativa o neurotransmissor conhecido como dopamina, principal responsável pela sensação de prazer e satisfação, efeitos também causados pelo sexo e pelo chocolate. As drogas, por exemplo, também ativam a dopamina, porém de forma muito mais violenta.
Como o açúcar não produz a mesma quantidade de dopamina de algumas fortes substâncias entorpecentes, não chega a causar dependência, mas possui um efeito único. Esse efeito é justamente o responsável por fazer com que as pessoas simplesmente não se sintam enjoadas de ingerir a mesma receita de doce todos os dias. Assim, mesmo sabendo que o melhor seria cortar os alimentos com essa substância, a tendência é consumir mais. Mas por que ele faz isso?
O açúcar é, na realidade, um nome genérico para uma classe de carboidratos. Esses carboidratos são a glicose, a frutose e a sacarose, além da lactose, a dextrose e o amido, que também são tipos dessa substância. E esses elementos são encontrados nas comidas e bebidas mais comuns em nossos cardápios diários.
Se você o consome em quase todas as coisas que ingere, imagine a “bomba” que não é aquele pedaço de bolo impossível de resistir. Mesmo assim, comer um docinho de vez em quando não vai causar grandes problemas, mas é importante cuidar para não perder o controle. Para tanto, o item a seguir explica por que é preciso se manter atento para não cometer exageros no açúcar.
Ao colocar essa substância na boca, os receptores de doces da língua são ativados e enviam um sinal para o tronco e o córtex cerebral. Nesse ponto, o córtex ativa o sistema de recompensa do cérebro por meio de diversas reações químicas e elétricas com o intuito de indicar se você deve, ou não, fazer isso novamente. É claro que você já deve saber a resposta que o cérebro dá, não é mesmo?
No estômago e no intestino também há receptores de açúcar que continuam enviando sinais ao cérebro, que, além de indicar quando você está satisfeito, também indicam que o seu corpo precisa produzir mais insulina e regular os níveis de açúcar no seu sangue. Aos poucos, com doses maiores, a tolerância do organismo ao açúcar vai crescendo e o seu nível de satisfação vai exigir ainda mais quantidades desse elemento. Por isso, as overdoses diárias, aqueles alimentos ricos em açúcar como sorvetes, bolos e outros doces, é que têm que ser controladas.
As explicações e todo o processo do açúcar agindo no cérebro estão ainda mais detalhados no vídeo a seguir, produzido pelo canal TED-Ed. Se não entender inglês, ative a legenda em português no menu inferior. Confira:
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