Ciência
25/05/2013 às 13:09•1 min de leitura
Um estudo realizado recentemente por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) pode ter descoberto uma maneira bastante eficaz de aumentar a longevidade dos seres humanos e melhorar a qualidade de vida das pessoas mais idosas.
Publicada na última quarta-feira (22) no Journal of Neuroscience, a pesquisa revela a descoberta de uma droga capaz de mimetizar perfeitamente os efeitos que a restrição de calorias causa ao cérebro humano – o aumento de enzimas capazes de atrasar a deteorização cognitiva e a perda de células nervosas, dois fatores intimamente ligados ao envelhecimento.
O estudo foi executado primariamente em ratos de laboratório; cientistas restringiram a ingestão de calorias em alguns espécimes e constataram que eles se saíram melhor em testes cognitivos em comparação aos exemplares alimentados normalmente, além de apresentarem um menor declínio de suas funções cerebrais com o passar do tempo.
Em seguidores, os mesmos pesquisadores alimentaram regularmente outro grupo de ratos, mas oferecendo-os a droga fabricada. Esses animais também se mostraram superiores em testes variados, assim como aqueles que foram submetidos à rígidas restrições.
A droga se mostrou bastante eficiente em ratos de laboratório Fonte da imagem: Reprodução/The Guardian
O estudo apresentado pelos cientistas do MIT é o único a demonstrar claramente a relação entre a restrição calórica e a degeneração dos neurônios, além de ser o primeiro a demonstrar uma molécula sintética capaz de substituir essa restrição sem aparentes efeitos colaterais. Caso chegue a ser testada em humanos, a pílula poderá se tornar um remédio eficaz para combater o Mal de Alzheimer ou simplesmente melhorar as funções cognitivas em cérebros de pessoas idosas.
De acordo com Li-Huei Tsai, um dos autores do estudo, “ainda há um longo caminho para realmente prevenir a neurodegeneração”, mas a pesquisa mostra que, pelo menos, já é possível retardá-la por alguns preciosos anos.