Estilo de vida
08/11/2013 às 06:48•1 min de leitura
Há algum tempo nós falamos a respeito de uma vacina brasileira contra a AIDS, que deveria ser testada em breve, você lembra? Os pesquisadores envolvidos com o medicamento informaram que a vacina não garante a cura da doença, mas deixa a carga viral num nível tão baixo a ponto de o paciente não ser mais capaz de transmitir o vírus.
Os testes já começaram a ser realizados pela Universidade de São Paulo (USP) em pareceria com o Instituto Butantan. Quatro macacos foram imunizados por meio do uso de substâncias que contêm partículas virais. No próximo passo, os animais receberão o vírus da gripe, para que se possa saber como seus corpos se comportarão.
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As partes virais usadas na vacina são aquelas que não se alteram, afinal, vírus em geral têm essa característica hipervariável – é por isso que existem vários tipos distintos de gripe; e com o HIV é a mesma coisa. A vacina é produzida somente com a parte imutável do vírus, a mesma parte capaz de provocar fortes reações nos pacientes.
“Nós fizemos o que chamamos de desenho racional, para embutir dentro da nossa vacina mecanismos para que ela fosse capaz de dar uma resposta que funcionasse para os HIVs mais variados possíveis e que funcionasse em um número grande de pessoas”, explicou o pesquisador Edecio Cunha Neto, em declaração publicada na Info.
Os testes estão sendo realizados em quatro animais, primeiramente. Depois, 28 macacos passarão por experiências com vírus diferentes: “Então, o que a gente vai fazer é escolher, de quatro combinações diferentes, aquela que deu resposta mais forte. E usar essa combinação para teste em humanos”, contou Neto.