Artes/cultura
01/08/2013 às 06:21•1 min de leitura
Cientistas ainda estão estudando os três corpos de crianças incas encontrados nas proximidades de um vulcão na Argentina em 1999 e, de acordo com algumas pesquisas feitas recentemente, essas crianças foram mortas em rituais religiosos que as obrigavam a ingerir álcool em grandes quantidades e coca, a planta que dá origem à cocaína.
Já se sabe que as crianças eram uma menina morta aos 13 anos, apelidada de “donzela de gelo”, e um menino e uma menina, que tinham entre quatro e cinco anos quando morreram. De acordo com os estudiosos, tanto a coca quanto o álcool eram usados como sedativos para manter as crianças complacentes com o ritual de suas execuções.
Donzela de gelo Fonte da imagem: Reprodução/LiveScience
Essas múmias, de aproximadamente 500 anos, estão entre as mais conservadas de todos os tempos. Isso se deve à altitude do local no qual foram encontradas, o que permitiu que seus cabelos mantivessem resíduos das substâncias que estiveram presentes no sangue dessas crianças, facilitando as análises bioquímicas já realizadas até agora.
Um dos cientistas que lidera os estudos, Andrew Wilson, da Universidade de Bradfort, no Reino Unido, afirma que, ao que tudo indica, as crianças começaram a ingerir álcool e coca aproximadamente um ano antes de morrerem, mas essa ingestão aumentou bastante uma semana antes de suas execuções.
Acredita-se que esse ritual de morte envolveu uma caminhada de Cuzco, no Peru, até o vulcão Llullaillaco, localizado na fronteira da Argentina com o Chile. No caminho, os peregrinos teriam realizado paradas para consumir mais drogas e realizar cerimônias. A Donzela do Gelo, quando encontrada, estava com uma grande quantidade de folhas de coca mascada em sua boca.