Artes/cultura
04/03/2013 às 04:37•1 min de leitura
De acordo com o The New York Times, uma equipe de médicos norte-americanos afirma ter curado pela primeira vez na história um bebê infectado pelo vírus HIV. Trata-se de uma menina que recebeu um novo — e agressivo — tratamento em 2010, apenas 30 horas após o nascimento.
Segundo a publicação, o parto foi prematuro e a mãe da criança não sabia que estava infectada pelo vírus da imunodeficiência humana. Depois de comprovar que a menina também era soropositiva, os médicos aplicaram três medicamentos diferentes — em vez do tratamento convencional, que envolve dois medicamentos —, o que, segundo a equipe, provocou uma rápida queda na contagem do vírus.
Hoje a criança tem dois anos e meio e não recebe nenhum tipo de medicamento há um ano, e, nesse período, os médicos não detectaram a atividade do vírus ativo no organismo da menina. Este seria o segundo caso documentado de cura do HIV em todo o mundo. O primeiro foi o de um norte-americano de 42 anos, Timothy Brown, que supostamente foi curado depois de receber um transplante de medula óssea de um doador geneticamente resistente à infecção do vírus.
Alguns especialistas acreditam que ainda é preciso encarar os resultados do tratamento com cautela, e esperar mais tempo para ver como o organismo da menina reage com o passar do tempo. Apesar de a infecção não ser mais detectada no sangue da criança, é possível que o fígado ou os gânglios ainda estejam infectados, por exemplo.
Os pesquisadores também precisam determinar se o tratamento funciona de maneira efetiva em outras crianças, para determinar se não se trata apenas de um caso isolado. De qualquer maneira, a cura do bebê pode significar uma nova esperança para crianças soropositivas, além de mudar a forma como as mães infectadas que dão a luz a bebês com HIV em todo o mundo são tratadas.