Ciência
23/05/2013 às 12:29•1 min de leitura
De acordo com o site ABC Science, com o objetivo de desenvolver uma terapia alternativa que estimule o “recrescimento” de membros humanos que foram amputados, um grupo de pesquisadores australianos decidiu estudar qual é o mecanismo de ação que promove essa mesma ação nas salamandras da espécie Ambystoma mexicanum, que são famosas por conseguirem regenerar vários órgão vitais e até membros inteiros.
Segundo a publicação, quando ocorre uma amputação, o ferimento resultante se fecha eventualmente, deixando uma visível cicatriz. Os cientistas reproduziram o mesmo processo nas salamandras, eliminando do organismo dos animais um tipo de célula do sistema imunológico — os macrófagos — que, conforme explicaram os pesquisadores, seria o responsável pelo processo de regeneração desses organismos.
Fonte da imagem: Reprodução/ABC Science
O interessante é que, depois que essas células foram reintroduzidas nas salamandras, os membros que haviam sido amputados voltaram a se regenerar depois que os cientistas abriram as cicatrizes resultantes da amputação. Os resultados indicam que, caso algum dia seja possível desenvolver um tratamento para humanos, a terapia pode funcionar melhor para quem perdeu algum membro no passado, em vez de quem acabou de sofrer uma amputação.
O objetivo dos cientistas é desenvolver um tratamento que promova a cicatrização de ferimentos e queimaduras sem deixar marcas ou outros vestígios sobre a pele. No entanto, a pesquisa pode acabar resultando em uma terapia que permita que humanos possam desenvolver novos membros — sejam eles pequenos apêndices, dedos e até pernas inteiras, por exemplo — depois de sofrerem amputações.