Ciência
12/07/2013 às 12:39•2 min de leitura
Pelo menos 35 milhões de pessoas em todo o planeta possuem em seu organismo o vírus da temida e mortal doença conhecida como Aids. O HIV consegue atacar as células de defesa do corpo humano e, infelizmente, por mais que os médicos tentem, ainda não há uma maneira eficaz de tratá-la, o que causa anualmente a morte de até 1,7 milhão de pacientes.
Acontece que o vírus da Aids evolui de uma maneira tão rápida que é muito complicado estabelecer uma única droga para combatê-lo. Em vez disso, é preciso encarar a ameaça com tratamentos mais exóticos nos pacientes que carregam o HIV há mais tempo ou tentar expulsar o vírus antes que ele tenha chance de agir em casos recentes. Apesar disso, cientistas tiveram enormes avanços durante os últimos anos, na busca de uma maneira de combater o vírus com mais eficiência, a fim de poder neutralizá-lo por completo.
É claro que com a larga quantidade de pessoas que lutam contra o HIV, a descoberta de uma cura definitiva certamente poderia ser encarada como um dos maiores feitos da humanidade. No entanto, essa “cura” deve ser segura para os pacientes, além de abrangente, e também é preciso que seja possível reproduzir as medidas para serem aplicadas em outros enfermos.
E, se quisermos erradicar o vírus da imunodeficiência humana de uma vez por todas, é essencial que a prevenção à Aids seja aumentada e que ela seja tratada nos estágios mais recentes quanto for possível.
Não é de hoje que já existem pacientes que conseguiram vencer a batalha contra a Aids. No ano de 2007, Timothy Ray Brown, um homem de 40 anos de idade, soropositivo, recebeu um tratamento com células-tronco a fim de tratar uma leucemia mieloide aguda. Para a sorte de Brown, que já se encontrava em um estado muito próximo à morte, as células utilizadas em seu tratamento foram recebidas de um paciente com uma anomalia genética, que o tornava resistente à infecção do HIV.
Assim, no decorrer dos 20 meses seguintes do tratamento, já sem ministrar as drogas retrovirais, os níveis de vírus no sangue, na medula espinhal e no intestino de Brown se tornaram indetectáveis. Portanto, no ano de 2011 foi confirmado que o paciente estava oficialmente curado da contaminação com o HIV. É claro que o caso de Brown é altamente específico e é praticamente impossível de ser reproduzido. Mas o fato é que foi provado que é possível sim vencer o vírus.
Em tempo, na semana passada, dois novos pacientes também foram declarados livres da ameaça do vírus da Aids. Isso ocorreu depois que ambos foram submetidos a transplantes de medula óssea, a fim de tratar um câncer sanguíneo. Assim que o nível de presença do vírus no sangue dos dois se tornou indetectável, foi suspensa a medicação com os retrovirais — e mesmo depois disso não foi constatado o retorno da ameaça.
Desde que alguns resultados têm sido satisfatórios, os cientistas conseguiram formar alguns planos de ação para o combate mais eficiente da Aids. A primeira e mais eficaz de todas as maneiras de tratamento é pegar a doença em seus estágios iniciais, principalmente, quando o vírus já foi detectado, mas ainda não teve chance de agir. Isso ocorre em infantes diagnosticados soropositivos assim que nascem, por exemplo.
Fonte da imagem: Reprodução/ShutterstockJá há casos registrados em que crianças recém-nascidas foram submetidas a tratamentos com retrovirais, 30 horas após o seu nascimento. Dois anos e meio após o início do processo, a presença do vírus nesses pacientes se tornou indetectável, tornando-as livres para crescer saudáveis. Além disso, agora os cientistas estão usando verdadeiros supercomputadores para auxiliar a desvendar os segredos do HIV.
Claro que a principal orientação ainda é a prevenção por parte das pessoas, fazendo com que o contágio do vírus seja controlado. Portanto, podemos finalmente dizer que as previsões sobre a descoberta da cura da Aids são as melhores possíveis.