Artes/cultura
30/07/2013 às 10:32•2 min de leitura
Nas últimas décadas, importantes avanços tecnológicos nas áreas da bioengenharia e da medicina regenerativa vêm permitindo que especialistas de todo o mundo aprimorem órgãos artificiais e até criem estruturas biológicas complexas em laboratório.
O objetivo de tantos estudos e experimentos — evidentemente — é o de prolongar e melhorar a qualidade de vida de doentes e deficientes físicos, além de solucionar o problema das intermináveis listas de transplantes e desenvolver terapias alternativas para tratar um sem fim de males. A seguir você pode conferir uma lista de órgãos que já foram produzidos em laboratório, dos quais alguns já são inclusive utilizados em humanos:
Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News
Na verdade, há anos que os pesquisadores trabalham na produção de pele humana artificial, utilizando esse material em enxertos e testes de toxicidade. Para criar o tecido, os cientistas cultivam células humanas que, depois, são introduzidas em uma estrutura de colágeno, e uma técnica recente — desenvolvida pelo Instituto Fraunhofer — permite a produção de 5 mil “lâminas” de pele por mês.
Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News
Embora reproduzir estruturas biológicas tridimensionais seja um desafio importante, uma equipe da Universidade de Princeton, nos EUA, conseguiu imprimir uma orelha funcional, que foi criada a partir de materiais eletrônicos e células e cartilagem cultivadas em laboratório. O protótipo ficou conhecido como “orelha biônica”, já que é capaz de captar ondas de rádio e outras frequências que os ouvidos humanos não são capazes de perceber.
Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News
Importantes avanços já foram conquistados na produção em laboratório de veias e vasos sanguíneos através das células dos próprios pacientes. Essa técnica pode resultar em terapias mais efetivas para tratar problemas renais, cardiovasculares e diabetes, e já existem estudos clínicos em andamento relacionados ao implante de vasos desenvolvidos em laboratório e através da cultura de células-tronco.
Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News
Apesar de os transplantes envolvendo corações artificiais ocorrerem desde a década de 80, nenhum desses dispositivos jamais foi capaz de substituir um coração biológico tão efetivamente. Nesse sentido já existem testes com corações artificiais contendo tecido de órgãos de animais, corações funcionais sendo produzidos para roedores através de impressoras 3D, e órgãos criados a partir das células dos próprios pacientes em laboratório.
Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News
O fígado humano é um dos órgãos mais complicados— sem contar que eles são enormes — de produzir em laboratório. No entanto, pesquisadores já conseguiram criar miniaturas e até “brotos” de fígado a partir de culturas celulares e do uso de células-tronco. De momento, ratos que receberam esses órgãos por transplante mostraram resultados muito satisfatórios, e os trabalhos continuam no sentido de desenvolver e um dia aplicar essas técnicas em humanos.
Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News
Há alguns meses uma menina norte-americana recebeu uma traqueia produzida em laboratório com o uso das próprias células da paciente. A garotinha nasceu sem esse órgão, o que a impossibilitava de se alimentar, falar e respirar sem a ajuda de aparelhos. O aprimoramento desse tipo de técnica pode, potencialmente, substituir procedimentos envolvendo a doação de órgãos humanos, assim como reduzir os altos índices de rejeição.
Fonte da imagem: Reprodução/Discovery News
Já faz alguns anos que especialistas em medicina regenerativa implantam bexigas desenvolvidas em laboratório em pacientes humanos com resultados positivos. Os órgãos demoram cerca de dois meses para serem “fabricados”, e são criados a partir de células dos próprios doentes, que são coletadas e introduzidas em uma estrutura biodegradável que forma a bexiga artificial.